Prezado Leitor,
Abaixo está a carta que escrevi contendo uma dissertação que analisa se a "doutrina de 1914" ensinada por nós Testemunhas de Jeová a respeito do início da presença de Cristo (ou dia do Senhor) tem real fundamento nas Escrituras.
Descrevo nessa carta meus argumentos pessoais mediante estudo das Escrituras que depõe contra tal ensinamento de 1914. Segundo a dissertação que descrevo, a presença de Cristo é um evento a ocorrer no futuro.
O objetivo de publicar tal carta é expor pesquisa e conhecimento. Se tal pesquisa e conhecimento são válidos para o leitor, cabe ao mesmo julgar por si mesmo.
O autor dessa carta (e desse blog) defende que toda forma de pesquisa e desenvolvimento em áreas importantes do conhecimento humano deve ser publicado e discutido livremente para o benefício do exercício das liberdades de expressão e do avanço do conhecimento humano.
O autor também participa em vários outros projetos (em ciências diferentes) onde se pratica o espírito do "código aberto" ou "open source" ou "conhecimento aberto e compartilhado" ou em outros termos, o espírito do instrutor público.
Essa carta considera mais a fundo e em ordem lógica alguns dos temas já abordados nesse blog.
Os textos Bíblicos não transcritos poderão ser lidos na Tradução do Novo Mundo ou se preferir outra tradução biblegateway
Dissertação
O
objetivo da dissertação que se segue é analisar se o ensino a
respeito da presença de Cristo relacionada à data de 1914 tem real
fundamento nas Escrituras.
O
Ensino de 1914 tem como base as seguintes premissas:
Para
que qualquer doutrina seja “instalada” e divulgada com autoridade
entre os adoradores de Jeová bem como para pessoas de outras
religiões ela deve obrigatoriamente estar livre de qualquer
contradição. Ela deve se harmonizar em todos os seus aspectos e
premissas com as Escrituras Sagradas, a fim de ser encarada como uma
“verdade de Deus”.
Começaremos
a partir de agora uma análise das Escrituras a fim de medir a força
do relacionamento ou correlação entre a Bíblia e o ensino de 1914.
Como
a essência do tema abordado envolve o reinado ou autoridade régia
em relação ao povo de Deus
ou Israel é importante levar em conta como veio à existência a
implementação régia sobre Israel.
Lemos
em 1 Samuel 8:4-9:
'
Reuniram-se então todos os anciãos de Israel e vieram a Samuel, a
Ramá, 5 e disseram-lhe: “Eis que tu mesmo ficaste velho, mas os
teus próprios filhos não têm andado nos teus caminhos. Agora,
designa-nos
deveras um rei para nos julgar, igual a todas as nações.”
6 Mas a
coisa era má aos olhos de Samuel,
visto que haviam dito: “Dá-nos
deveras um rei para nos julgar”,
e Samuel começou a orar a Jeová. 7 Jeová disse então a Samuel:
“Escuta a voz do povo referente a tudo o que te dizem; pois, não é
a ti que rejeitaram, mas é
a mim que rejeitaram como rei sobre eles.
8 Conforme todos os seus feitos que praticaram desde o dia em que os
fiz sair do Egito até o dia de hoje, continuamente
me abandonando
e servindo a outros deuses, assim
estão também fazendo a ti.
9 E agora escuta a sua voz. Somente o seguinte: deves adverti-los
solenemente e tens de informá-los da prerrogativa legítima do rei
que reinará sobre eles.”
“é
a mim que rejeitaram como rei sobre eles.”
Essas
palavras indicam que, embora não houvesse um rei humano à maneira
das nações, já
havia sim um rei sobre a nação de Israel,
a saber: o próprio Jeová.
Podemos
afirmar como decorrência do texto acima:
Nos
dias de Samuel e antes, o
próprio Jeová era rei sobre a nação de Israel.
Note
a ideia acima em Juízes 8:23
'Gideão,
porém, lhes disse: “Eu
é que não dominarei sobre vós,
nem tampouco meu filho dominará sobre vós. Jeová
é quem dominará sobre vós.”
Também
em 1 Samuel 12:12
Quando
vistes que Naás, rei dos filhos de Amom, veio contra vós,
persististes em dizer-me: ‘Não, mas é um rei que deve reinar
sobre nós!’ enquanto
Jeová, vosso Deus, era vosso Rei.
1
Samuel 10:19
"Mas
vós
é que rejeitastes hoje o vosso Deus
que foi para vós um salvador em todos os vossos males e vossas
aflições, e fostes dizer: “Não, mas é um rei que deves pôr
sobre nós.”
Esse
é um axioma ou verdade fundamental: O próprio Jeová reinava sobre
o povo Israel antes da realeza [humana] ser estabelecida sobre o
povo. Note também a importante relação entre Rei e Salvador. O rei
é também o salvador do povo.
Voltando
no relato de 1 Samuel 8:4-9, note o tom de desagrado da parte de
Samuel (1 Samuel 8:4-9) bem como de Jeová ao se deparar com essa
demanda da parte do povo. Jeová Deus se sentiu rejeitado como rei
sobre eles, considerou tal petição como uma ato de abandono.
Seria
realmente algo muito prejudicial para Israel ter um humano
representando a eles como rei soberano (em imitação às nações),
Samuel fala das prerrogativas de um rei:
10
Portanto, Samuel disse todas as palavras de Jeová ao povo que lhe
pedia um rei. 11 E passou a dizer: “A seguinte será a prerrogativa
legítima do rei que reinará sobre vós:
Tomará os vossos filhos e os porá como seus nos seus carros e entre
os seus cavaleiros, e alguns terão de correr na frente dos seus
carros; 12 e a fim de designar para si chefes sobre mil e chefes
sobre cinqüenta, e [alguns] para lavrarem por ele e para ceifarem a
sua colheita, e para fazerem seus instrumentos de guerra e os
petrechos de seus carros. 13 E tomará as vossas filhas para
misturadoras de ungüento, e cozinheiras, e padeiras. 14 E os vossos
campos, e os vossos vinhedos, e os vossos olivais, os melhores, ele
tomará e realmente dará aos seus servos. 15 E tomará o décimo de
vossos campos de sementeira e de vossos vinhedos, e ele certamente
[os] dará aos seus oficiais da corte e aos seus servos. 16 E tomará
os vossos servos e as vossas servas, e as vossas melhores manadas e
os vossos jumentos, e terá de usá-los para a sua obra. 17 E tomará
o décimo de vossos rebanhos e vós mesmos vos tornareis seus como
servos. 18
E naquele dia certamente clamareis por causa do vosso rei que
escolhestes para vós, mas Jeová não vos responderá naquele dia.”
Que
fardo e causa de tropeço para o povo de Israel seria ter um rei
humano sobre eles! Mas mesmo assim era o que eles queriam – imitar
as nações:
19
No entanto, o
povo negou-se a escutar a
voz de Samuel e disse: “Não,
mas um rei virá a estar sobre nós. 20
E também nós
teremos de tornar-nos iguais a todas as nações,
e o nosso rei terá de julgar-nos, e terá de sair na nossa frente e
travar as nossas batalhas.”
“ um
rei virá a estar sobre nós”
(como se já não houvesse um)
“nós
teremos de tornar-nos iguais a todas as nações”
De
fato, talvez a pior decisão que o povo do Israel antigo fizera em
sua história foi querer ter um rei humano igual a todas as nações,
“assentando-se” no 'trono de Jeová' , isso os levou à ruína
física e espiritual quando Salomão - o terceiro rei sobre eles -
apostatou, dividindo o reino de Israel em dois e quando outros reis
sucessores levaram Israel à idolatria e
por fim ao exílio total -
que má decisão!
Um
rei humano era totalmente desnecessário para quem
tinha Jeová por Rei.
Acontece que eles não possuíam fé suficiente para ver Jeová como
Rei sobre eles – precisavam de algo material,uma instituição
humana – uma realeza física com reis humanos exercendo autoridade
sobre ela – como as nações.
“nós
teremos de tornar-nos iguais a todas as nações”
Sim,
foi exatamente isso o que ocorreu: as nações ao redor da nação de
Israel foram desoladas por desagradar a Jeová. Estas nações
possuíam os seus reis que faziam o povo agir de modo repugnante aos
olhos de Jeová, que por sua vez as desolava de diante dos filhos de
Israel. Quando a nação de Israel passou a implementar um reino como
todas as nações, também foi por fim desolada, como todas as nações
– 'tornou-se iguais a elas' – no proceder e no resultado deste
proceder. Israel “provou de seu próprio veneno”. Poderíamos
dizer que em princípio a 'realeza humana' foi uma 'coisa repugnante'
que causou desolação das nações que a implementou.
Mostrou-se
verdadeiras as palavras: 'homem tem dominado homem para seu prejuízo'
(Ecl 8:9) – Bem que Jeová os havia alertado nos dias de Samuel.
O
profeta Jeremias, que presenciou o 'fiasco final' da autoridade
humana máxima (régia) sobre o povo de Jeová, sabia bem as
conseqüências amargas de deixar de ter, e ver, por meio da fé, a
Jeová como Rei:
Jeremias
10:23
Bem
sei, ó Jeová, que não é do homem terreno o seu caminho. Não é
do homem que anda o dirigir o seu passo.
Afinal
de contas um rei soberano humano,
com
um nome célebre para si mesmo, foi o que o Opositor Satanás
primeiro estabeleceu por meio de Nimrode (opositor) em Babel (Gen
11:4) – portanto esse arranjo tem origem diabólica, cada uma das
nações controladas pelo Diabo teve o seu rei (rei do Egito, rei dos
filisteus, rei do amorreus, etc).
Antes
mesmo disso, a serpente original, induziu Eva e Adão a serem 'reis
humanos soberanos' – desconsiderando a Soberania de Jeová.
De
modo que, por
princípio,
o período de ausência
de qualquer soberano humano
sentando no 'trono de Jeová' entre o povo de Deus não
poderia significar
o fim
da representatividade do Reino de Deus
para com seu povo ou de alguma forma simbolizar
a interrupção do Reino de Deus
nem
o fim de Seu domínio em relação ao Seu povo
pelo importante princípio imutável (Malaquias 3:6) de que o próprio
Jeová
nunca desejou
uma implementação material de uma realeza humana da mesma forma
como as nações uma vez que que
o próprio Jeová era rei sobre seu povo.
Fora o povo que escolhera isso: humano com autoridade máxima ou
régia sobre eles. Na ocasião, Jeová, que até então reinava sobre
eles, ficara magoado e se sentira rejeitado como Rei (indicando
portanto que Ele mesmo reinava antes disso). Isso nos leva à
decorrência imediata ou corolário:
O
Reino de Jeová (sua representação ou símbolo ou realização
terrestre) não depende da existência de uma implementação física
ou material de uma realeza ou monarquia humana,o Reino de Deus não
depende da existência de liderança humana com autoridade máxima
sobre seu povo, ou seja, não depende de reis se assentando em
tronos literais, usando uma coroa ou granjeando oficialmente de
privilégios políticos ou materiais sobre o povo de Deus.
Portanto
qualquer implementação física-material de realeza ou liderança
humana (reis,realeza,tronos,coroas,servos,palácios) NÃO
constitui condição 'sine qua non' (indispensável) para o exercício
de representatividade do Reino de Deus para com o seu povo.
O
exercício de autoridade humana régia ou liderança humana sobre o
povo de Deus não
é
condição necessária para a representação do Reino de Deus sobre
ele. Essa afirmação está também em harmonia com o teorema
que Jeová e seu Reino não depende de liderança humana sobre o Seu
Reino ou , em termos mais simples, O Reino de Deus não depende de
homens.
Jeová
Deus é por definição também Rei, e o
lugar em que o Seu nome reside é o que representa o Reino de Jeová
ou Reino de Deus.
O nome de Jeová está intimamente ligado ao Reino de Jeová,
portanto o local onde esse nome é invocado necessariamente
representa o Reino de Deus.
O Reino de Deus não existe sem o Nome de Jeová. E se em algum lugar
na terra residir o nome de Jeová , esse lugar simboliza
obrigatoriamente o Reino de Deus.
A
palavra reino exprime a ideia de um lugar no espaço onde determinada
coisa exerce domínio, determinado lugar onde algo exerce um campo ou
área de atuação ou influência.
Por
exemplo – para ilustrar, considere o seguinte: uma carga elétrica
'Q' situada em determinado lugar no espaço 'reina'
ou exerce um domínio ou um
campo de atuação
'E' (campo elétrico) a uma distância 'd' regido pela seguinte
fórmula:
(A
informação contida na fórmula acima é que o campo elétrico E
gerado por uma carga Q em um ponto é diretamente proporcional ao
valor da carga Q e inversamente proporcional ao quadrado da distância
d)
Assim
em qualquer ponto do espaço em torno da carga Q existe um campo
elétrico criado por esta carga ou um domínio ou reino onde essa
Carga 'domina' ou 'reina' ou exerce 'força' ou 'poder'.
Da
mesma forma se dá com o Nome de Deus - Jeová
As
Escrituras retratam o Nome de Deus, Jeová, como Santo. (Ex 20:7, Mat
6:9). O nome de Jeová é diretamente associado com força, poder e
salvação (Isaías 12:2-5, Exôdo 15:2.3)
Jeová
escolhe um lugar no espaço para residir o seu Nome. Note os textos
abaixo:
Deuteronômio
28:10
E
todos os povos da terra terão de ver que o nome de Jeová foi
invocado sobre ti e hão de ficar com medo de ti.
Deuteronômio
14:23 E, perante Jeová, teu Deus, no
lugar que ele escolher para ali fazer residir seu nome,
tens de comer a décima parte dos teus cereais, do teu vinho novo e
do teu azeite, e os primogênitos da tua manada e do teu rebanho;
para que aprendas a temer a Jeová, teu Deus, para sempre.
Salmo
90:1 Ó Jeová, tu mesmo mostraste ser uma verdadeira habitação
para nós.Durante
geração após geração.
Como
ilustrado no caso do campo elétrico 'E', o Nome de Jeová ( a Carga
'J' ) exerce uma região de atuação 'R' ou campo de atuação ou
Reino ou Domínio, dado pela seguinte relação:
sendo
'd' a 'proximidade' (fé) em relação ao Nome de Jeová
A
ideia ou informação contida na fórmula acima é que o campo de
atuação ou Reino de Deus 'R' gerado exclusivamente
pelo Nome de Jeová 'J' que reside em um lugar é diretamente
proporcional ao Nome de Jeová 'J' e inversamente proporcional à
distância 'd' a esse Nome.
Ou
seja, quanto 'mais perto' (fé) do nome de Jeová mais próximo do
Seu Reino. Quanto mais 'distante' do nome de Jeová ,mais distante de
Seu Reino. Assim o Reino de Deus, diretamente associado ao Nome de
Jeová é símbolo de Força, Poder e Salvação (Isaías 12:2-5,
Exôdo 15:2.3). Da mesma forma, quanto mais distante 'd' do Reino,
mais longe da Salvação.
Portanto
o lugar onde habita ou reside o nome de Jeová simboliza
necessariamente o Reino de Deus.
O
povo de Jeová 'habita' na representação terrestre (ou embaixada)
do Reino de Deus, ou seja, no local em que Jeová faz residir o seu
próprio nome.
Corolário:
O Reino de Deus é representado pelo lugar em que Jeová faz residir
o seu nome.
No
passado, Jeová fez uma importante decisão sobre o local em que ele
fez residir seu Nome, conforme lemos abaixo:
2
Crônicas 6:5-6
‘Desde
o dia em que fiz meu povo sair da terra do Egito não escolhi cidade
dentre todas as tribos de Israel, a fim de construir uma casa para
que o meu nome mostrasse estar ali,
e não escolhi homem para que se tornasse líder do meu povo Israel.
6 Mas escolherei
Jerusalém para que o meu nome mostre estar ali
e escolherei a Davi para vir a estar sobre o meu povo Israel.’
Como
analisamos o
Reino de Deus é função apenas do local onde reside o Nome de Jeová
(R = J/d).
Conforme
também deduzimos da petição feita pelo povo de Israel nos dias de
Samuel em relação à resposta de Jeová (“é a mim que rejeitaram
como rei sobre eles.”), o Reino de Deus não depende de liderança
régia (ou máxima) humana.
Portanto
do texto acima de 2 Crônicas 6:5-6 o único elemento representativo
em relação ao Reino de Deus é Jerusalém.
'
escolherei
Jerusalém para que o meu nome mostre estar ali'
O
outro elemento citado, 'homem líder do meu povo Israel – Davi”,
não é condição necessária ou indispensável para representar ou
simbolizar o Reino de Deus. O Reino de Deus não
é função
de liderança humana sobre o povo de Deus. (R = J/d)
Portanto
o período em que o “trono de Jeová” ficou vago – com a
ausência de um monarca real da tribo de Davi reinando sobre
Jerusalém não pode representar interrupção do governo de Deus.
Quem representava o reino de Deus era Jerusalém ('escolherei
Jerusalém para que o meu nome mostre estar ali')
Portanto
as premissas de 1914 (A), (B) e (C) não se harmonizam com as
Escrituras:
Não,
O Reino de Deus é representado pelo lugar onde Reside o Nome de
Jeová ou onde esse Nome é invocado, naquele caso: Jerusalém (e o
Templo).
O
Governo de Deus , representado por Jerusalém, não foi interrompido
pois Jerusalém foi reconstruída e ainda era o lugar em que o Nome
de Deus 'residia' ou era invocado. (R = J/d)
De
forma alguma, pois com a reconstrução de Jerusalém (~ 520 AEC) e
seu Templo , ela continuou a representar o Reino de Deus na terra.
Assim,
embora Jerusalém não tivesse mais um líder humano exercendo
especificamente a posição de rei, sentando no 'trono de Jeová'
após o exílio e reconstrução, a nação voltou a ser como nos
dias de Samuel e os judeus teriam que ver, pela fé, o próprio Jeová
reinando como rei sobre eles desde Jerusalém (onde
Seu nome ainda residia – onde o Reino ainda atuava )
O
papel de Jerusalém após o exílio e reconstrução da cidade
continuou inalterado: Jerusalém – a cidade escolhida
para que o
nome
de Jeová mostrasse estar ali, com
o seu Templo –
a cidade que representava o Reino de Deus na terra – mesmo após
607 AEC.
Quando
Jesus andou sobre a cidade de Jerusalém, ou seja, muito tempo depois
de 607 AEC, ele reconheceu e exaltou o papel dela como a
representação do Reino de Deus.
Lemos
suas palavras em Mateus 5:34-35
“No
entanto, eu vos digo: Não jureis absolutamente, nem pelo céu,
porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo de
seus pés; nem por Jerusalém,
porque é a cidade do grande Rei.
“
Da
frase acima, extraímos a afirmação:
“Jerusalém
é a cidade do grande Rei” - Jesus Cristo
O
Salmo 48:1,2 faz referência ao Grande Rei de Jerusalém:
Jeová
é grande e para ser louvado muito Na
cidade de nosso Deus,
[no] seu santo monte. 2 Bonito pela elevação, a exultação da
terra inteira, É o monte Sião nos lados remotos do norte, A
vila do grandioso Rei.
Portanto
o próprio Jesus reconhecia que Jerusalém era 'a cidade do Grande
Rei Jeová'.
A
cidade de um Grande Rei necessariamente representa o Seu Grande
Reino. O nome do Grande Rei Jeová ainda residia em Jerusalém nos
tempos de Jesus. O Grande Rei Jeová ainda falava a respeito de Sua
cidade:
'
escolherei
Jerusalém ('a cidade do Grande Rei Jeová') para que o meu nome
mostre estar ali'
– 2 Cron 6:6
Como
já vimos, o Nome Santo de Jeová está diretamente relacionado com
o Seu Reino, seu Poder sua Força e sua Salvação.O lugar onde Jeová
escolhe que 'resida o Seu Nome' – representa todos esses atributos.
Não é por nada que Jesus chamou Jerusalém
de cidade do Grande Rei e que as Escrituras se referiam a essa cidade
ainda nos dias de Jesus como: cidade
santa (Mateus
4:5, Lucas 4:9, Mateus 27:53)
Portanto
Jesus reconheceu que Jerusalém era símbolo do Reino de Deus (a
cidade do Grande Rei) e deveria ser muito respeitada por isso. Jesus
disse que Jerusalém era a cidade de Jeová – O Grande Rei,ou seja,
Jeová 'reinava' a partir de Jerusalém, ou seja, Jerusalém
representava o Reino de Deus
– isso
após 607 AEC.
O
Salmo 135:21 ainda poderia e deveria ser exclamado pelos judeus com
fé genuína em Jeová e seu Reino:
O
Salmo 135:21
Bendito
desde Sião seja Jeová,
Que reside em Jerusalém.Louvai
a Jah!
Em
harmonia com as palavras de Jesus:
Jeová
– o Grande Rei, residia simbolicamente em Jerusalém, a Sua cidade
– que representava a Seu Reino.
Novamente,
as premissas de 1914: (A), (B) e (C) não se harmonizam com as
palavras de Jesus Cristo.
Jerusalém
apenas deixou de representar o Reino de Deus na terra depois que os
judeus rejeitaram o Messias.
Isso
foi decorrência direta das palavras de Jesus ao sofrer rejeição da
maioria daquele povo:
Mateus
23:38 'Eis que a vossa casa vos fica abandonada'
Após
607 AEC e antes de rejeitarem o Messias, Jerusalém de
forma alguma estava abandonada:
O Nome de Jeová – o Maior Rei do Universo - ainda residia sobre
ela. Jeová ainda reinava em Jerusalém, esta ainda era a Sua cidade,
a cidade do Grande Rei, a cidade santa , a
cidade que representava o próprio Reino de Deus.
Jerusalém
era a cidade santa e permaneceu como tal a fim de receber o Messias.
Leve
em conta também as palavras de Jesus em Mateus 21:43
'É
por isso que vos digo: O
reino de Deus
vos será
tirado
e será dado a uma nação que produza os seus frutos.'
Quando
foi que o Reino de Deus ( ou a representação dele) foi tirado dos
judeus? Teria sido em 607 AEC? Não! O Reino de Deus, simbolizado em
Jerusalém apenas foi tirado dos judeus nos dias de Jesus.
Nos
dias de Jesus o Reino de Deus ainda não havia sido tirado dos
judeus, especificamente, até aqueles dias, O Reino de Deus estava
ainda nas 'mãos dos judeus' e ainda estava sendo representado em
Jerusalém – onde residia o Nome de Jeová (R = J/d).
O
Reino de Deus – e sua representação terrestre – foi tirado dos
judeus porque eles não aceitaram a Jesus como o Messias – Lucas
19:41
A
medida que os judeus se 'afastaram'
do Messias
, eles se afastaram
daquele que veio
em Nome de Jeová (Jo
5:43),
por
sua vez, eles
se afastaram do Reino de Deus,
lembre-se: R = J/d ; quanto mais longe 'd' do Nome de Jeová 'J',
mais longe de Seu Reino 'R'.
Quando
mataram o próprio Filho de Deus e rei, ungido por espírito santo,
do Reino , os judeus se distanciaram infinitamente (d
→∞)
do Reino (R
→ 0),
portanto eles o perderam.
O
problema não era e nunca foi o fato de o 'trono de Jeová' deixar de
ser ocupado por algum humano da linhagem de Davi – mesmo porque,
nenhum deles teria o direito legal – não eram ungidos por espírito
santo. Jeová, que era o Grande Rei de Jerusalém, poderia continuar
sentado em 'seu trono'. O problema dos judeus foi a falta de fé e
apreço no Reino de Deus e tudo que girava em redor dele: Jerusalém,
o Templo, o Messias e principalmente Jeová.Eles estavam mais
preocupados com 'mandamentos de homens' ou 'glória de homens' do
que a glória de Deus (Jo 12:43). Foi exatamente buscarem um rei
humano, sentado num trono físico, com glória de homens (isso desde
os dias de Samuel) que levou aquele povo a rejeitar o Messias, a
rejeitar o Reino.
É
importante entendermos também que não existe divisão entre “Reino
de Deus” ou Governo Teocrático e “Adoração de Jeová”. Um
não existe sem o outro (R = J/d).
Adoração
a Jeová é reconhecer o Seu Reino, O Reino de Deus, é
reconhecer a autoridade do Grande Rei
(Salm 48:1.2).Se alguém adora a Jeová, então Jeová reina sobre
ele – é tudo uma questão de reconhecimento de Soberania.
Não
se pode adorar a Jeová sem reconhecer o seu Reino Teocrático e
vice-versa. Adorar a Jeová é reconhecer a Deus como Governante
antes que aos homens.
É
por isso que nosso local de adoração
se chama “salão do Reino”.
Nossa
mensagem de pregação se chama: “boas novas do Reino”.
O
tema principal do Cristianismo (adoração a Jeová) é o Reino de
Deus. É por isso que na capa da revista Sentinela se diz “Anunciando
o
Reino de Jeová”
Não
existe adoração à Jeová à parte de Seu Reino Teocrático, não
existe adoração à Jeová à parte de uma representação terrestre
de Seu Reino (foi nisso que os judeus falharam – queriam sempre um
governo humano nos moldes das nações ao redor).
O
lugar onde se invoca o nome de Jeová, esse é o lugar que representa
o Reino de Jeová. O lugar onde Jeová coloca o Seu Nome, esse lugar
representa o Seu Reino , a Sua Teocracia -é o lugar santo.
Portanto
afirmar que, de alguma forma, o Reino de Deus perdeu a sua
representatividade terrestre ou perdeu sua força de expressão ou
foi interrompido ou qualquer outra coisa após 607 AEC até 1914 EC
não está em harmonia com as Escrituras. O Reino de Deus está
vinculado unicamente ao Nome de Jeová e a Sua vontade (R = J/d).
Meditemos
ainda por favor em alguns detalhes sobre o que Jesus disse a respeito
de Jerusalém ou naquilo que ele sentia por essa cidade quando no
primeiro século EC, andou sobre ela:
Conforme
vimos, Jesus disse sobre Jerusalém:
Mateus
5: 34 No entanto, eu vos digo: Não jureis absolutamente, nem pelo
céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o
escabelo de seus pés;
nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.
Considere
agora o que ele
sentia por Jerusalém:
Lucas
19:41 E quando chegou perto, contemplou a
cidade [de Jerusalém] e chorou sobre ela.
Nesse
texto notamos que Jesus
chorou 'sobre Jerusalém'.
Alguém poderia ficar espantado em ver um homem como Jesus chorar por
causa de uma cidade!
A
Bíblia fala de uma outra ocasião em que Jesus chorou: a morte de
seu amigo Lázaro, note no relato de João 11:35
35
Jesus
entregava-se ao choro.
36 Portanto, os judeus começaram a dizer: “Vede, quanta
afeição tinha por ele!”
Assim
podemos concluir que Jesus possuía bastante afeição pela cidade de
Jerusalém! Poderíamos dizer: “quanta
afeição tinha por ela!”
Para
entendermos melhor porque Jesus chamou Jerusalém de 'cidade do
Grande Rei' ou “cidade de Jeová” ou mesmo chorou sobre ela,
temos que entender como, desde os tempos antigos, e mesmo nos
dias de Jesus,
um servo de Jeová encarava ou deveria encarar essa cidade ou lugar
onde
o nome de Jeová residia e era invocado.
Os
Salmos nos ajudam a ter uma percepção maior dos sentimentos que um
servo de Deus deveria ter por esse lugar. Leiamos alguns deles:
Salmo
135:21 Bendito desde Sião seja Jeová,
Que
reside em Jerusalém.
Louvai a Jah!
Note
que esse Salmo diz que 'Jeová reside em Jerusalém' – muito
similar às palavras de Jesus sobre ela:
a cidade do Grande Rei ou local de permanência do Grande Rei.
Continuemos:
Salmo
48:1,2
1
Jeová é grande e para ser louvado muito
Na
cidade de nosso Deus,
[no] seu santo monte.
2
Bonito pela elevação, a exultação da terra inteira,
É
o monte Sião nos lados remotos do norte,
A
vila do grandioso Rei.
Salmo
132:13
13
Pois Jeová
escolheu a Sião;
Almejou-a
como morada
para si mesmo:
14
“Este é meu lugar de descanso para todo o sempre;
Ali
morarei, pois o almejei.
Lembre-se
que o lugar onde reside o Nome de Jeová é associado ao lugar onde
Ele 'habita' ou Reina (R = J/d)
Salmo
149:1-2
1
Louvai a Jah!
Cantai
a Jeová um novo cântico,
Seu
louvor na congregação dos que são leais.
2
Alegre-se Israel com o Grandioso que o fez,
Os
filhos de Sião — jubilem eles no seu Rei.
Salmo
147:12
12
Gaba
a Jeová, ó Jerusalém.
Louva
a teu Deus, ó Sião.
Salmo
99:1-2
1
O
próprio Jeová se tornou rei.
Agitem-se os povos.
Ele
está sentado sobre os querubins. Estremeça a terra.
2
Jeová
é grande em Sião.
Salmo
102:21
21
Para
que o nome de Jeová seja declarado em Sião
E
seu louvor em Jerusalém,
Uma
decorrência direta do Salmo acima é que Jerusalém e Sião
simbolizam
o
próprio Reino de Deus na terra.
Salmo
50:2
2
O próprio Deus reluziu de Sião, a perfeição da lindeza.
Salmo
76:2
E
seu abrigo mostra ser na própria Salém [Jerusalém],
E
sua habitação em Sião.
Lembre-se
: Nome de Jeová <==> Reino
Salmo
128:5
Jeová
te abençoará desde Sião.
Vê
também o bom de Jerusalém todos os dias da tua vida,
Salmo
125:2
2
Jerusalém — assim como os montes estão ao redor dela,
Assim
Jeová está ao redor do seu povo,
Desde
agora e por tempo indefinido.
Assim,
foi por compartilhar esses mesmos sentimentos por Jerusalém
,conforme expressados por esses Salmos acima, que Jesus disse as
palavras abaixo a respeito da cidade de Jerusalém:
“Jerusalém...
é a cidade do grande Rei.” Mateus
5:35
“contemplou
a
cidade e chorou sobre ela.
- Lucas 19:41
Jesus,
como um 'israelita de verdade', sabia muito bem nos seus dias que a
cidade de Jerusalém era
santa
e representava aqui na terra o próprio
“ Reino de Jeová Deus” - a Teocracia.
'Como
se cumpririam as Escrituras, de que tem de realizar-se deste modo? '
- Mateus 26:54
Analisemos
por favor agora uma das mais importantes profecias Bíblicas
envolvendo
Jesus e Jerusalém:
Mateus
21:4-10
4
Isto
aconteceu realmente para que se cumprisse o que fora falado por
intermédio do profeta,
que disse: 5 “Dizei à
filha de Sião:
‘Eis que o
teu Rei está vindo a
ti,
de
temperamento brando e montado num jumento, sim, num jumentinho,
descendência dum animal de carga.’”
6
Os discípulos foram então e fizeram conforme Jesus lhes ordenara. 7
E trouxeram a jumenta e seu jumentinho, e colocaram sobre estes as
suas roupas exteriores, e ele se sentou nelas. 8 A maior parte da
multidão estendeu na estrada as suas roupas exteriores, ao passo que
outros cortaram ramos das árvores e os espalhavam pela estrada. 9
Quanto às multidões, os que lhe precediam e os que lhe seguiam
clamavam: “Salva,
rogamos, o Filho de Davi! Bendito é aquele que vem em nome de Jeová!
Salva-o, rogamos, nas maiores alturas!”
10
Entrando
ele então em Jerusalém,
a cidade inteira ficou em comoção, dizendo: “Quem é este?” 11
As multidões diziam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da
Galiléia!”
Essa
profecia apresenta um emocionante acontecimento: O
rei entrando em seu reino:
'Dizei
à filha de Sião' (Jerusalém
personificada – representação do Reino de Deus)
'Eis
que o teu Rei está vindo a ti'
Essa
profecia é cumprida, como descrito , quando Jesus – qual rei –
entra em seu Reino – conforme
representado por Jerusalém – filha de Sião.
Essa
profecia nos lembra do Salmo
147:12
12
Gaba a Jeová, ó Jerusalém.
Louva
a teu Deus, ó Sião.
Salmo
14:7(a)
7Quem
dera que viesse de Sião a salvação de Israel!
O
fato é que se
Jerusalém não mais representasse o Reino de Jeová aqui na terra
desde 607 AEC, tampouco
essa mesma profecia poderia ser cumprida!
Ela não teria condições de se cumprir.
Todas
as palavras nessas profecias devem obrigatoriamente reter a mesma
informação e relevância desde o tempo em que elas foram escritas
até o seu cumprimento (Isa 55:11) . Portanto Jerusalém deveria
obrigatoriamente representar o Governo de Deus ainda nos dias de
Jesus.
Se
Jerusalém não representasse o Governo de Deus nos dias de Jesus
'como
se cumpririam as Escrituras, de que tem de realizar-se deste modo?'
(Mateus 26:54).
De
fato: 'Isto
aconteceu realmente para que se cumprisse o que fora falado por
intermédio do profeta'
Portanto
seria mandatário do ponto de vista profético que tanto Sião como
Jerusalém retivessem o mesmo conteúdo informativo que eles
continham desde os dias dos Salmos, a saber: representarem o Governo
de Jeová, antes e depois de 607 AEC.
Essa
profecia falava do rei ungido por Jeová – Jesus, chegar até o
Reino de Deus – conforme representado por Jerusalém -filha de Sião
– a Cidade do Grande Rei.
Assim
seria obrigatório do ponto de vista profético tanto Sião bem como
Jerusalém manterem o mesmo significado que tinham desde os dias dos
Salmos, a saber: representarem Jeová e Seu Reino, isso antes e
depois de 607 EC.
Essa
profecia expressava que apenas o Reino de Deus – conforme
simbolizado por Sião e Jerusalém proveria os meios de Salvação
para todos. Era esse todo o significado de Jesus, o rei ungido 'em
nome de Jeová', ir para Jerusalém: o símbolo do Reino de Deus.
Ou
em outras palavras: apenas o Governo de Deus [Jerusalém] proveria a
Salvação da Humanidade por meio do Messias [Jesus]
Analisemos
mais a fundo também as palavras de Mateus 21:43, onde lemos:
“É
por isso que vos digo: O reino de Deus vos será tirado e será dado
a uma nação que produza os seus frutos.” - Mateus 21:43
Essas
palavras de Jesus mostram intrinsecamente que os judeus granjeavam de
muitos privilégios associados ao Reino de Deus no primeiro século
EC. Os judeus ainda estavam pactuados com o Reino de Deus e possuíam
em todas as formas tudo que era relacionado ao Governo de Deus:
1)
Possuíam a oportunidade de serem 'reis e sacerdotes' com Jesus no
reino dos céus – Ex 19:6
2)
Possuíam Jerusalém e o Templo – a cidade santa (Mateus 4:5, Luc
4:9), que representava o próprio Governo de Deus na terra, o lugar
onde “Jeová habitava”, onde 'residia' o Nome de Deus.
3)
Eles tinham o Messias: o rei ungido pelo próprio Jeová para reinar
sobre o Reino de Deus.
Assim
essa nação deveria ter 'produzido os seus frutos', ou seja, os
'filhos do reino' ou reis e sacerdotes. (Ex 19:6)
Mas
os líderes religiosos não estavam interessados num governo
celestial (sem coroas , sem turbantes,sem vastos territórios ou sem
glória de homens) – eles queriam um líder político um 'rei nos
padrões humanos' de realeza. Assim eles rejeitaram em sua grande
maioria o Reino de Deus – dizendo:
“Não temos rei senão César.”
Foi
por isso Jesus lhes disse:
“O
reino de Deus vos será tirado”
Em
harmonia com a situação acima, o próprio Jesus, pasmado, afirmava
repetidamente durante o seu ministério: “Em
ninguém em Israel tenho encontrado tamanha fé.”
- Jesus encontrava pessoas das nações com mais fé do que os que
por direito e dever deveriam ter sido os filhos do Reino.
Vejamos
um exemplo:
Mateus
8:10 Ouvindo isso, Jesus
ficou pasmado
e disse aos que o seguiam: “Em verdade vos digo: Em
ninguém em Israel tenho encontrado tamanha fé.
11 Mas, eu vos digo que muitos virão das regiões orientais e das
regiões ocidentais e se recostarão à mesa junto com Abraão,
Isaque e Jacó, no reino dos céus; 12 ao
passo que os filhos do reino serão lançados na escuridão lá fora.
Ali
é que haverá o [seu] choro e o ranger de [seus] dentes.”
“os
filhos do reino serão lançados na escuridão lá fora”
Foi
exatamente isso o que ocorreu com os judeus daquela época, eles
tinham tudo em relação ao Reino, mas o perderam. Nem os judeus
seriam mais os 'filhos do reino' e nem a cidade de Jerusalém
representaria mais o Governo de Deus - que
era
o
que ela vinha representando até então.
Jerusalém representava o Governo de Deus na terra, mas por ser uma
'figueira ou mulher estéril', 'foi lançada fora'. Jeová
retiraria o Seu Nome (e automaticamente o Seu Reino) desse lugar.
Compreendemos
então que não foi à toa que Jesus 'contemplou a
cidade [de Jerusalém] e chorou sobre ela.'
Jerusalém,
aquela que por séculos, vinha representando o Governo de Deus na
terra, antes e depois de 607AEC, ficaria
por fim abandonada na escuridão lá
fora
– Ficaria de fora do Reino de Deus. (Fora
do campo de atuação do 'campo elétrico' conforme ilustrado
anteriormente)
Portanto
temos visto que mesmo após 607 AEC,Jerusalém obrigatoriamente –
por causa das próprias Escrituras - manteve o seu papel como
símbolo do Governo de Deus na terra, a remoção do monarca do
'trono de Jeová' em 607 AEC não comprometeu em nada a execução do
Governo de Deus na terra conforme simbolizado por Jerusalém (o
exílio de 70 anos foi um período de disciplina para o povo conforme
Deus mesmo alertara nos dias de Samuel: “naquele dia certamente
clamareis
por causa do vosso rei
que escolhestes para vós, mas Jeová não vos responderá naquele
dia”).
Para
ilustrar a situação da nação de Judá antes e depois de 607 AEC,
pense nas seguintes frases:
'O
carro de João é também a sua casa.'
'João
contrata motoristas para guiar o seu carro'
'Mas
João demitiu todos os seus motoristas pois eles não tinham carta de
motorista'
À
base das frases acima, poderia alguém afirmar que João não tem
mais casa? Ou, que o carro de João não anda mais?
Estaria
errado! Seria uma falácia, pois é o carro (com ou sem motorista
contratado) que é a casa de João e ele mesmo pode guiar o seu
carro.
Aplicando
no caso Bíblico:
Jerusalém
era símbolo do Reino de Deus.'
'Deus
colocou reis para reinar em Jerusalém'
'Mas
Jeová removeu todos os seus reis'
Como
era a cidade de Jerusalém o símbolo do Reino de Deus (o lugar onde
residia o nome de Deus) e não o reis humanos que reinavam sobre o
povo, estes últimos poderiam ser removidos uma vez que o próprio
Jeová é Rei (ele sabe dirigir o carro) -Salm 149:1-2
Lembre-se
que Davi, o primeiro a estabelecer o seu trono em Jerusalém, fez
questão que se proclamasse e exaltasse , não o seu reinado como
homem, mas o reinado de Jeová em Jerusalém.
Na
ocasião em que ele levou a arca do pacto para Jerusalém, Davi
ordenou:
1
Cron 16:31 “ Alegrem-se os céus, e jubile a terra,
E
digam entre as nações: ‘O
próprio Jeová se tornou rei!’”
Davi,
diferente de muitos dos seus descendentes, reconhecia que o
verdadeiro rei (e salvador) de Jerusalém era Jeová – que Jeová
não dependia de humanos para Reinar.
O
próprio Jesus, o Davi Maior , também reconheceu essa fato chamando
Jerusalém de “cidade
do Grande Rei”
- Jeová reinava em Jerusalém. (Mateus 5:35)
Passemos
a refletir na seguinte pergunta:
Será
que o Reino de Deus simbolizado em Jerusalém estava 'muito mais bem
representado' na terra quando se implementava uma realeza humana
'sentando no trono de Deus' com coroa e turbante do que a situação
da reconstruída Jerusalém (após 607 AEC) ?
Para
responder a essa pergunta notemos por favor as ações de alguns reis
humanos da tribo de Davi que se sentavam no 'trono de Jeová' em
Jerusalém:
1
Reis 11:5-7
5
E Salomão começou a ir atrás de Astorete, deusa dos sidônios, e
atrás de Milcom, a coisa repugnante dos amonitas. 6
E Salomão começou a fazer o que era mau aos olhos de Jeová
e não
seguiu plenamente a Jeová como Davi,
seu pai.7 Foi então que Salomão passou
a construir um alto a Quemós,
a coisa repugnante de Moabe, no monte que estava defronte de
Jerusalém, e
a Moloque,
a coisa repugnante dos filhos de Amom.
2
Cron 28:1-4
1
Acaz tinha vinte anos de idade quando começou a reinar
e reinou
por dezesseis anos
em Jerusalém,
e não
fez o que era direito aos olhos de Jeová,
igual a Davi, seu antepassado. 2 Mas andou nos caminhos dos reis de
Israel e fez até mesmo estátuas fundidas dos Baalins. 3 E ele mesmo
fez fumaça sacrificial no vale do filho de Hinom e
passou a queimar seus filhos no fogo,
segundo as
coisas detestáveis das nações que Jeová havia desalojado
de diante dos filhos de Israel. 4 E oferecia regularmente sacrifícios
e fazia fumaça
sacrificial nos altos,
e nos morros, e debaixo de toda sorte de árvore frondosa.
2
Crônicas 33:1-9
1
Manassés tinha doze anos de idade quando começou a reinar e reinou
por cinqüenta e cinco anos em
Jerusalém.2
E ele passou
a fazer o que era mau aos olhos de Jeová,
segundo as coisas detestáveis das nações que Jeová tinha
desalojado de diante dos filhos de Israel. 3 De modo que reconstruiu
os altos que Ezequias, seu pai, tinha demolido, e erigiu altares aos
Baalins e fez postes sagrados, e começou a curvar-se diante de todo
o exército dos céus e a servi-los. 4 E construiu
altares na casa de Jeová,
referente à qual Jeová dissera: “Em
Jerusalém mostrará estar meu nome por tempo indefinido.”
5 E foi construir altares a todo o exército dos céus em dois pátios
da casa de Jeová.
6 E ele mesmo
fez os seus próprios filhos passar pelo fogo
no vale do filho de Hinom, e praticou a magia,
e fez uso da adivinhação,
e praticou a feitiçaria,
e constituiu médiuns
espíritas
e prognosticadores
profissionais de eventos. Fez em
grande escala o que era mau aos olhos de Jeová para o ofender.
Francamente,
na prática, Jerusalém (o lugar onde residia o nome mais Santo do
Universo, o nome de Jeová) passou
a representar muito melhor o Governo de Deus
após 607 AEC, após a remoção de rei humanos sobre ela – com o
fim da realeza humana – esses reis humanos não tinham o direito
legal de representar a Jeová. Era melhor então continuar o Reino de
Deus, conforme simbolizado em Jerusalém, como nos dias de Samuel e
outros juízes: 'Jeová
é que é rei sobre eles' (Juízes 8:23, 1 Samuel 12:12 , Jeremias
46:18) ,
em Jerusalém - a Sua cidade.
Ainda
um outro ponto a ser considerado é a afirmação equivocada de que
nunca mais veio a haver um rei humano da dinastia de Davi sentado no
'trono de Jeová' em Jerusalém após 607 AEC. Isso não está em
harmonia com a realidade histórica nem Bíblica.
Pergunta:
Houve um rei humano
da linhagem de Davi que reinou em Jerusalém após 607 AEC?
Consideremos
as Escrituras por favor:
João
1:49 Natanael respondeu-lhe: “Rabi, tu és o Filho de Deus,
tu és o Rei de Israel.”
Lucas
19:38 dizendo: “Bendito Aquele que vem
como
Rei
em nome de Jeová! Paz no céu e glória nos lugares mais altos!”
Mateus
27:11 Jesus estava então perante o governador; e o governador
fez-lhe a pergunta: “És
tu o rei dos judeus?”
Jesus replicou: “Tu
mesmo [o] dizes.”
Mateus
27: 37 Também puseram por cima de sua cabeça a
acusação contra ele,
por escrito: “Este
é Jesus, o Rei dos judeus.”
Lucas
23: 2 Principiaram então a acusá-lo,
dizendo:
“Achamos este
homem
subvertendo a nossa nação e proibindo o pagamento de impostos a
César, e dizendo
que ele mesmo é
Cristo, um
rei.”
3
Pilatos fez-lhe então uma pergunta: “És
tu o rei dos judeus?”
Em resposta a ele, disse: “Tu
mesmo [o] dizes.”
João
19:14 E ele disse aos judeus: “Eis
o vosso rei!”
15 No entanto, eles gritavam: “Fora [com ele]! Fora [com ele]! Para
a estaca com ele!” Pilatos disse-lhes: “Hei
de pregar na estaca o vosso rei?”
Os principais sacerdotes responderam: “Não temos rei senão
César.”
João
19:19 Pilatos escreveu também um título e o pôs na estaca de
tortura. Estava escrito: “Jesus,
o Nazareno, o Rei dos Judeus.”
Voltemos
a pergunta: Houve um rei da casa de Davi em Jerusalém após 607 AEC?
Se
imaginarmos que um rei precisa estar vestido de roupagens macias , de
um turbante , com uma coroa sobre sua cabeça sentado num majestoso
trono em um esplêndido palácio, sendo glorificado e aclamado pelos
homens, nossa resposta será: “Fora [com ele]!” , “Não temos
rei senão César.”
Agora
se um rei de verdade para nós está relacionado em se fazer a
vontade de Jeová. Sim! Após 607 AEC Jerusalém (capital do Reino)
teve o seu Maior Rei de todos os tempos – Jesus. (Lucas 4:17-21)
Se
Davi, Salomão, Ezequias, Acaz , Manassés , Zedequias reinaram em
Jerusalém, quanto mais Jesus! A unção desses primeiros fora com
óleo, a de Jesus com Espírito Santo. Jesus
veio como Rei
em nome de Jeová (Lucas 19:38)
O
Ungido Rei Jesus tinha as seguintes credenciais:
João
7:29 “ Eu o conheço [à Jeová], porque sou representante [Rei
Ungido] dele, e Este me enviou.”
É
evidente e esperado que a forma de Jesus exercer o seu reinado em
Jerusalém foi muito diferente da forma dos outros reis que reinaram
em Jerusalém antes dele.
Jesus
não reinou como os 'governantes das nações que dominam sobre elas
ou como os grandes homens que exercem autoridade sobre elas'. Jesus
não aceitava glória de homens, nem o reconhecimento de homens.
Apenas o de Deus. (Jo 5:41,Jo 6:15)
A
forma de Jesus reinar era por ministrar e não ser ministrado ou
servido. Mateus 20:25-28
Jesus
mostrou que a causa principal de um verdadeiro rei é a soberania de
Jeová. Jesus efetuou seu 'reinado' de várias formas dentro de sua
jurisdição real ('a casa de Israel' – Mat 15:24) desde 'limpar o
Templo de Deus' de salteadores , desmascarar gananciosos líderes
religiosos, ajudar os humildes (emprestando a Jeová) , ensinando
verdades de Deus e no seu maior ato de amor aos seus súditos:
entregar a vida por eles (geralmente um rei das nações se poupa ao
máximo).
Para
todo aquele que era um 'judeu' ou 'israelita' de verdade, Jesus foi
um rei de verdade. (Jo 1:47,49)
Quão
verdadeiras foram as palavras abaixo:
“Dizei
à filha de Sião: ‘Eis que o
teu Rei
está vindo a ti
“tu
és o Rei de Israel.”
De
fato, Jesus foi o Maior Rei que Jerusalém já teve enquanto
ela representava o Reino de Deus
(e isso após 607 AEC).
Tal
fato já mexe com os alicerces do item (D) das premissas de 1914.
Aproveitando
o contexto apropriado consideraremos um tema muito importante
relacionado à
liderança sobre o povo Israel
: o pacto davídico.
O
pacto davídico e o Líder
Conforme
corretamente exposto no comentário do Calendário das Testemunhas de
Jeová 2012 (Maio/Junho), lemos:
“Deus
predisse que o Descendente Messiânico de Abraão viria da linhagem
do Rei Davi (2 Samuel 7:12.13; Salmo 89:3.4) No ano 29 EC, Jeová
ungiu a Jesus com espírito santo, tornando-o
assim o Rei-Designado que tinha o direito legal de ocupar o trono de
Davi”
As
palavras acima estão relacionadas com a seguinte profecia dita a
Zedequias – um rei iníquo de Judá que foi morto pelos Babilônios:
Ezequiel
21:25-27
25
“E no que se refere a ti, ó mortalmente ferido maioral iníquo de
Israel, cujo dia chegou no tempo do erro do fim, 26 assim disse o
Soberano Senhor Jeová:
‘Remove o turbante e retira a coroa.
Esta não será a mesma. Põe no alto o rebaixado e rebaixa o que
estiver no alto. 27 Uma ruína, uma ruína, uma ruína a farei.
Também,
quanto a esta [coroa], certamente não virá a ser de [ninguém], até
que venha aquele que tem o direito legal, e a ele é que terei de
dá-lo.’
Como
exposto acima, Jesus ao ser ungido por Deus, tornou-se o
Rei-Designado
que tinha o direito legal de ocupar o trono de Davi.
Foi
dessa forma que Jeová cumpriu o seu pacto com Davi, a saber: "hei
de suscitar o teu descendente depois de ti, que sairá das tuas
entranhas; e
deveras estabelecerei firmemente o seu reino."
- 2 Samuel 7:12-14
O
anjo Gabriel apontando para o cumprimento desse pacto feito a Davi
disse à Maria a respeito do filho que ela geraria:
Lucas
1:31-33
31
e eis que conceberás na tua madre e darás à luz um filho, e deves
dar-lhe o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho
do Altíssimo; e
Jeová Deus lhe
dará o trono de Davi,
seu pai, 33 e
ele reinará
sobre
a casa de Jacó
para sempre,
e não haverá fim do seu reino.”
Comparemos
essas profecias mencionadas:
“quanto
a esta [COROA], certamente não virá a ser de [ninguém], até
que venha aquele que tem o direito legal,
e a ele é que terei de dá-lo”
A
coroa - símbolo de autoridade
máxima (régia)
para uma pessoa – não viria a ser de ninguém, mas até
quando?
– até a vinda daquele que teria o direito legal de a receber.
Para
entender melhor, ilustremos o Reino de Deus como um ”país
distante” (Lucas 19:12). Jerusalém terrestre a embaixada
ou representação deste Reino (Mateus 5:35). Os reis de Jerusalém
na terra como aqueles que possuem autoridade
máxima
na
embaixada - embaixadores.
Assim
o título ou cargo de diplomata chefe (embaixador, ou aquele que
senta no trono de Davi) de Jerusalém ( sendo a própria Jerusalém a
Embaixada do Reino de Deus – ou a representação do Governo de
Deus na terra) não mais ficaria nas mãos de quem não
tinha o direito legal de
exercer esse cargo, ou seja, de exercer o cargo de ser líder sobre o
povo de Deus.
O
maior cargo de autoridade que alguém que
não
tivesse o direito legal
conseguiria alcançar, sendo da linhagem de Davi, dentro da
embaixada (Jerusalém – símbolo do Reino) seria de diplomata.
Lembre-se
que Joaquim (filho de Davi) rei de Judá teve sua dignidade
restabelecida em certo grau – (seu trono mais alto do que de outros
reis em Babilônia) - 2 Reis 25:27-30, Jeremias 52:31-34
Zorobabel
(filho de Davi) foi governante de Judá após o exílio (Ageu 1:1)
Nenhum
destes 'filhos de Davi' acima recebeu o cargo de autoridade máxima
(a coroa) na embaixada do Reino (Jerusalém), no entanto, por serem
da linhagem de Davi , o pacto de Jeová com Davi a respeito de um
reino firmemente estabelecido não sofreu interrupção após 607
AEC.
O
pacto é até mesmo reafirmado por volta de 520 AEC na reconstruída
Jerusalem:
Ageu
2:23 “‘Naquele dia’, é a pronunciação de Jeová dos
exércitos, ‘tomar-te-ei,
ó Zorobabel,
filho de Sealtiel [filho de Davi], meu
servo’,
é a pronunciação de Jeová; ‘e
hei de constituir-te em anel de chancela,
porque és
tu a quem escolhi’,
é a pronunciação de Jeová dos exércitos.”
Por
quanto tempo ficaria vago o
cargo de autoridade
máxima
[coroa]
ou de
rei-embaixador na
representação do Reino de Deus em
Jerusalém – a embaixada?
Resposta:
“até
que venha aquele que tem o direito legal”
Então,
quando veio aquele
que tem o direito legal?
Usando
as palavras do calendário de 2012: “No ano 29 EC, Jeová ungiu a
Jesus com espírito santo, tornando-o
assim o Rei-Designado
que tinha o direito legal de ocupar
o trono de Davi.”
A
grande questão agora é: Será
que Jesus teve que aguardar cerca de 2 mil anos ( até 1914) para
colocar “a coroa” de Davi sobre sua cabeça ou se assentar no
“trono de Davi” e começar a reinar?Quando Jesus herdou o reino?
Quando Jesus foi entronizado
Rei do Reino de Deus?
Para
respondermos a essa pergunta , precisamos saber qual é a jurisdição
do Rei e quem são os súditos do Rei. Ou seja, precisamos saber o
que é o Reino.
Sobre
quem Jesus começou a exercer sua autoridade máxima 'no trono de
Davi' ?
Foi
sobre
a sua jurisdição
conforme o anjo disse à Maria:
“e
ele reinará sobre
a casa de Jacó para
sempre”
(Lucas 1:32.33)
Ou
seja,
“sobre a casa de Jacó” - Israel
de Deus, incluindo a Jerusalém celestial e os “judeus no íntimo”
- Rom 2:29.
(Lembre-se
que a então embaixada terrestre em Jerusalém ficara abandonada pois
conforme dito por Jesus: “vós não quisestes” portanto “o
reino de Deus lhes será tirado”)
-----------------------------------------------------------------------------
Nota:
Jurisdição
é usado aqui com o significado de:
Poder
atribuído a uma autoridade para fazer cumprir certas leis e punir
quem as infrinja em
determinada área.
Área
na qual se exerce esse poder, vara, competência ou alçada
-----------------------------------------------------------------------------
Assim
Jesus (Davi Maior) passou a reinar (recebeu coroa) sobre “Israel”
(Romanos 9:6)
- sendo o rei com autoridade sobre os embaixadores do Reino de Deus
que estivessem aqui na terra – sobre a 'casa de Jacó' – ou
cristãos ungidos e sobre a Jerusalém celestial.
Assim,
desde 33 EC Jesus – “o rei Davi Maior” - reina sobre 'a
casa de Jacó' (Lucas
1:32-33) com toda a autoridade.(Mateus 28:18)
E
assim como os reis da antiga Jerusalém governavam
dentro de sua jurisdição,
Jesus também passou a reinar somente sobre a sua jurisdição: a
'congregação de Cristo' na terra e Jerusalém celestial (Heb
12:22).
O
Rei Jesus passou a reinar sobre o seu povo desde o primeiro século:
Atos
18:9,10
9
Ademais, o Senhor disse de noite a Paulo, por intermédio duma visão:
“Não temas, mas persiste em falar e em não ficar calado, 10
porque eu estou contigo e nenhum homem te assaltará para fazer-te
dano; porque
tenho muito povo nesta cidade.”
Jesus
começou a exercer sua autoridade como Rei ou Senhor sobre a “nação
que produziria os seus frutos” , sobre a nação santa: “Israel”.
- Mateus 21:43
Este
novo “Israel” teria sobre si o Líder – o rei Davi Maior -
Jesus
O
cargo
de autoridade máxima – rei
do Reino de Deus, com
embaixada (representação) em Jerusalém – foi dado a Jesus –
este foi o Maior Rei e Autoridade (embaixador ou representante de
Jeová) que andou na
cidade de Jerusalém terrestre ou cidade santa
enquanto ela ainda, obrigatoriamente, representava
a embaixada do Reino de Deus
na terra (ou seja, após 607 AEC). Marcos 1:22
A
coroa “do trono de Davi” (símbolo
de autoridade régia ou cargo máximo de uma administração ou
reino) foi dada para Jesus. A
coroa portanto deixou
o estado anterior
de 'não pertencer a ninguém'. Jeová
constituiu a Jesus como “anel
de chancela”,ou
seja, atestou a sua legitimidade real no trono de Davi 'estabelecendo
firmemente o seu reino' sobre
ele.
Portanto
note o detalhe crucial de que de
forma alguma
'o retirar da coroa' de cima da cabeça do rei Zedequias significou
uma interrupção no Reino de Deus (como afirma o livro Bíblia
Ensina página 217 parágrafo 2). O
Reino de Deus continuou sendo representado por Jerusalém após 607
AEC,
sendo esta cidade a sua embaixada com seus diplomatas. Note também
que o período da embaixada ficar sem um diplomata chefe
(rei-embaixador) não
foi extremamente longo
pois com a unção de Jesus por espírito santo, Jesus,
ou Davi Maior, passou a ocupar esse cargo de autoridade
máxima
“reinando sobre Jacó” no 'trono de Davi'.
O
que irá acontecer durante o 'dia do Senhor' ou presença de Cristo é
que a jurisdição do Reino de Deus vai se expandir da “casa de
Jacó” para o mundo – “ 'Israel' conquistará o mundo ” :
Lemos:
Rev
11:15 E o sétimo anjo tocou a sua trombeta. E houve vozes altas no
céu, dizendo: “O reino
do mundo
tornou-se o reino
de nosso Senhor e do seu Cristo,
e ele reinará para todo o sempre.”
(Note
que temos dois reinos anteriormente ativos em suas respectivas
jurisdições: 'o reino do mundo' e 'o reino de Cristo' )
Como
sabemos muito bem, além do Reino de Deus, existem outras
“soberanias” ou “jurisdições” - Isso devido à questão
levantada no Éden quanto à
governança humana 'fora das jurisdições de Deus'. Jeová
permitiu ao Diabo governar. O Diabo institui uma jurisdição nos
lugares celestiais (Efésios 6:12) bem como em toda terra (Lucas
4:6). O governo e autoridade até então exercido no mundo pelo Diabo
não faz parte da jurisdição do reino de Cristo. O reino de Cristo
não faz parte desta alçada ou 'fonte' mundana.
Considere:
João:18
36 Jesus respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu
reino fizesse parte deste mundo [desta alçada], meus assistentes
[anjos
– Mateus
26:53]
teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim
como é [o
estado atual]
,
o
meu reino
não é desta fonte [esfera].
João:18
36 (Almeida)
Respondeu
Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse
deste mundo,
pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos
judeus; mas
agora
o meu reino não é daqui.
Dos
textos acima, extraímos a informação:
'o
meu reino assim
como é [estado presente do reino existente],
não
é desta fonte [lugar, esfera, lado] ' , ou seja, a presente
jurisdição ou estado atual desse reino que já é – ou já existe
“assim como é”.
'agora
(grego
'nun', significando “agora, neste tempo,presente”)
o meu reino não é (tempo
presente)
daqui' -
o reino que já é, ou já existe, não é daqui (não pertence à
jurisdição deste mundo 'agora' ).
Como
disse Jesus, 'agora o meu reino não é daqui', mas no futuro será:
Quando
Jeová
reivindicar a sua posição legítima de Soberano Universal sobre
os céus e sobre a terra , aquele que já
ocupa o cargo máximo de autoridade dentro do existente Reino de Deus
- o rei Jesus (o Davi Maior) - passará a exercer autoridade muito
além de sua anterior jurisdição. A jurisdição de seu Reino será
ampliada para todo o céu e toda a terra. A 'presença' de Cristo
eqüivale ao tempo em que seu Reino exercer jurisdição ou
competência sobre a terra, o reino será também 'deste mundo',
'daqui', 'desta fonte'.
Obviamente
as nações ficarão 'furiosas' (Rev 11:18)
E
desta vez, 'os assistentes de Jesus lutarão'.
Para
ilustrar a situação:
A
Argentina é quem manda em sua embaixada dentro do Brasil. Quem
decide quem é o diplomata-chefe (embaixador) da embaixada da
Argentina é a Argentina.
Mas,
e se a Argentina passar a afirmar que o Brasil inteiro lhe
pertence?Se ela passar a afirmar que a Argentina não tem autoridade
apenas em sua embaixada dentro do Brasil , mas em todo território
brasileiro? - como se a embaixada da Argentina no Brasil afirmasse:
“Agora o Brasil me pertence pois o 'fundador' da Argentina também
é o 'fundador' do Brasil”.
Assim
Jesus, no direito legal, recebeu o cargo máximo de autoridade
(coroa-rei) no reino dos céus e na embaixada do Reino de Deus que
está dentro do país estrangeiro, sendo este último o reino do
Diabo ou as nações do mundo. Jesus,
desde o primeiro século, já reina sobre “Jacó” 'no trono de
Davi'
- reina sobre os filhos do Reino e sobre a Jerusalém 'de cima'.
Durante o “dia do Senhor” Deus estenderá o seu domínio 'para o
mundo' aumentando sua jurisdição ou área de atuação sobre toda a
terra e céu. Obviamente a primeira coisa que Jesus fará é expulsar
o Diabo pois este, a partir deste momento, estará ocupando nos céus
um lugar que agora pertence à jurisdição de Jesus.
Jeová,
desde o primeiro século EC, autorizou ao rei 'Davi Maior - Jesus' da
cidade de 'Jerusalém celestial' (Heb 12:22) a construir o 'Templo'
nessa cidade (1 Cor 3:16)
Assim
a coroa - o
cargo máximo de rei no
Reino de Deus - "deixou
de ser de ninguém"
ainda
no primeiro século EC,
passou a pertencer a Jesus Cristo. Assim como Davi reinou sobre
Jerusalém terrestre, Jesus passa a reinar para sempre sobre a
Jerusalém celestial, sobre a 'casa de Jacó'.
Os
textos Bíblicos abaixo denotam o recebimento da coroa, ou cargo de
autoridade máxima ou líder do povo de Deus por parte de Jesus e o
exercício dele neste cargo (Rei) sobre
a “casa de Jacó”
- a
sua jurisdição ou competência inicial.
Leiamos
Atos 15:14-18
14
Simeão tem relatado cabalmente como Deus, pela primeira vez, voltou
a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o
seu nome. 15 E
com isso concordam
[se
cumprem]
as palavras dos Profetas, assim como está escrito: 16 ‘Depois
destas coisas voltarei e
reconstruirei a barraca de Davi,
que está caída; e reconstruirei
as suas ruínas
e
a erguerei de novo,
17
a fim de que os remanescentes dos homens possam buscar seriamente a
Jeová,
junto com
pessoas de todas as nações,
pessoas chamadas por meu nome, diz Jeová, que está fazendo estas
coisas, 18 conhecidas desde a antiguidade.’
“reconstruirei
a barraca de Davi”
Lembremos
que a 'tenda' ou 'casa' de Davi foi derrubada quando em 607 AEC
(exílio) os descendentes de Davi perderam o privilégio de atuarem
como Líder máximo do povo de Deus ou como reis sobre Jerusalém ou
como representantes do próprio Jeová.
Recordemos
as duas escolhas importantes que Jeová fez:
2
Crônicas 6:5-6
‘Desde
o dia em que fiz meu povo sair da terra do Egito não escolhi cidade
dentre todas as tribos de Israel, a fim de construir uma casa para
que o meu nome mostrasse estar ali,
e não escolhi homem
para que se tornasse líder do meu povo Israel.
6 Mas escolherei
Jerusalém para que o meu nome mostre estar ali
e escolherei a Davi
para vir a estar
sobre o meu povo Israel.’
Conforme
já analisamos , o que ocorreu em 607 AEC não comprometeu Jerusalém
de ser o lugar onde o nome de Jeová 'mostrasse estar ali'. Após sua
prometida reconstrução, ela continuou a ser a embaixada do Reino ou
representação do Governo de Deus ou “a cidade santa do Grande
Rei”. (Mateus 5:35) (R = J/d; o
Reino de Deus depende apenas de Jeová – onde reside Seu Nome )
No
entanto o segundo item:
'
homem
para que se tornasse líder do meu povo Israel'
'a
Davi
para vir a estar
sobre o meu povo Israel.'
Este
item,
'líder
sobre o povo Israel',
ficou comprometido ou arruinado em 607 AEC. Os líderes ou reis
'filhos de Davi' que estavam sobre Israel não se mostraram dignos
desse privilégio (conforme vimos alguns exemplos nessa carta). Os
filhos de Davi não fora dignos de representarem a liderança sobre o
povo de Jeová . Assim Jeová os ordenou: 'retira a coroa'. A barraca
ou tenda de Davi ficaria arruinada, demolida até
que viesse aquele que tem o direito legal – e a este Jeová teria
de dar a coroa: o cargo de 'líder sobre Israel'
Conforme
lemos em Atos 15:14-18, com a unção de Jesus, filho de Davi, por
espírito santo como Rei sobre Israel, a
'barraca de Davi' outrora caída foi reconstruída e as ruínas dessa
barraca foram erguidas de novo ou reconstruídas.
Com
Jesus Cristo (filho de Davi) atuando como Líder 'do povo de Deus
Israel' a
casa de Davi foi firmemente restaurada
de modo que agora 'os homens possam buscar seriamente a Jeová, junto
com pessoas de todas as nações, 'pessoas
chamadas por meu nome – diz Jeová'
Portanto
desde o primeiro século EC que a coroa ou liderança sobre 'a casa
de Jacó' foi dada àquele que tem o direito legal. Tal liderança
possibilitou que pessoas fossem chamadas pelo nome de Jeová.
Percebemos
logicamente que tal coroa ou posição régia de um Rei da dinastia
de Davi sobre o povo 'Israel' não ficou vago por 2520 anos.
O
trono do Davi Maior (Jesus) foi reconstruído para
nunca mais ser abalado – está firmemente estabelecido, como
lemos em Filipenses 2:9 e nesses outros textos que seguem:
Filipenses
2:9:
9
Por esta mesma razão, também, Deus o enalteceu
a uma posição
superior [cargo
máximo no Reino] e lhe
deu bondosamente o nome que está acima de todo [outro] nome
[cargo
de autoridade máxima],
10 a fim de que, no nome de Jesus, se
dobre todo joelho dos no céu, e dos na terra, e dos debaixo do chão
[como deve-se fazer diante de um Rei],
11 e toda língua reconheça abertamente que Jesus Cristo é Senhor
[cargo
máximo],
para a glória de Deus, o Pai.
Mateus
28:18
18
E Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: “Foi-me
dada
toda a autoridade no céu e na terra.
[Jesus recebeu a coroa: a posição de máxima autoridade no Reino de
Deus – Líder sobre o povo de Deus]
Mateus
23:10 Tampouco sejais chamados ‘líderes’, pois o
vosso Líder é um só, o Cristo.
[líder ou rei sobre Jacó]
Hebreus
12:2 olhando atentamente para o
Agente Principal
[literalmente
Líder principal – cargo máximo no Reino]
e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus. Pela alegria que se lhe
apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha,
e se
tem assentado à direita do trono de Deus
1
Pedro 3:22 “Ele
está à direita de Deus,
pois foi para o céu; e foram-lhe
sujeitos anjos, e autoridades, e poderes.”
O
cargo máximo no 'organograma'
do Reino de Deus
é estar à destra de Deus – é a posição máxima para uma pessoa
(não existe cargo acima de Deus) , ou seja, Jesus atingiu o cargo de
autoridade máxima sobre “a casa de Jacó” - a coroa – sobre a
“Jerusalém de cima”, assim como Davi Jesus atingiu o cargo de
Líder do povo de Deus.
Judas
4 '...nosso único Dono e Senhor, Jesus Cristo.'
(Jesus
(Davi) é autoridade máxima sobre a 'nação de Israel' )
Atos
3:13 O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos
antepassados, glorificou o seu Servo, Jesus
Atos
17:7(b) E todos estes [homens] agem em oposição aos decretos de
César, dizendo que há outro rei, Jesus.”
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Pode-se
pensar (erroneamente) que a “coroa de Davi” é dada a Jesus
apenas na ocasião que inicia o 'dia do Senhor' ou presença. Uma
análise superficial
de Rev 6:2 sem levar em conta toda a harmonia contida nas Escrituras
pode levar a essa falha e suas intrínsecas contradições ( Jesus –
o Davi Maior deveria obrigatoriamente “reinar sobre Jacó” antes
do 'dia do Senhor' a fim de usar as 'chaves de Davi' (Rev 3:7) para
abrir as portas de esperança celestial e formação do Reino do
Israel de Deus).
Apoc
6:2
"e
foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua
vitória"
Note
na frase que diz que 'foi-lhe dada' (particípio passado) uma coroa e
ele 'saiu vencendo'. Qual
foi a maior vitória de Jesus?
Foi a resposta que ele forneceu quanto à questão da Soberania
Universal de Jeová.
Ele
'saiu vencendo' desde que ele disse em João 16:33 “eu
venci o mundo.”
Foi
justamente essa vitória que fez dele “Senhor”.
Assim
desde que ele “saiu vencendo” ele tem agido com autoridade régia
sobre
o trono de Davi (a sua jurisdição).
Durante o dia do Senhor ele “completará a sua vitória”
Vale
lembrar também que é típico em outras passagens de Revelação
apontar para eventos que ocorreram antes do dia do Senhor, Exemplo:
Rev
12:4 “e a sua cauda arrasta um terço das estrelas do céu, e as
lançou para baixo à terra.”
Possivelmente
apontando para o fato que Satanás desencaminhou os anjos
antes do Dilúvio
(muito tempo antes dessa guerra nos céus).
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Continuando
com alguns textos que mostram a posição de autoridade máxima
ocupada por Jesus, como “reinando sobre Israel de Deus”:
Efésios
1:20-22
20
com que ele [Deus] tem operado no caso do Cristo, quando o levantou
dentre os mortos e o
assentou à sua direita
nos
lugares celestiais,
21 muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e
todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que
há de vir. 22 Sujeitou
também todas as coisas debaixo dos pés dele,
e o fez cabeça
[rei] sobre todas as coisas para
a congregação
[rei sobre Israel de Deus ou casa de Jacó]
Conforme
Jeová dissera: “Põe
no alto o rebaixado”
- (Ezequiel 21) – Jesus, “o rebaixado” foi posto no 'alto'
“muito acima de todo governo”. Jesus herdou o reino dos céus.
Heb
1:6 Mas, ao trazer novamente o seu Primogênito à terra habitada,
ele diz: “E
todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem.”
[Jesus saudado como Rei na Jerusalém celestial]
Col
2:10
10
E assim possuís uma plenitude por meio dele [Jesus],
sendo
ele [Jesus]
a cabeça de todo governo e autoridade.
[ 'a cabeça', ou autoridade máxima, ou rei do governo de Deus –
cabeça:
posição máxima do 'organograma' ]
Col
1:13 Ele nos livrou da autoridade da escuridão e nos
transferiu para o reino do Filho
do seu amor [Jesus tem um reino em que ele reina dentro de sua
própria jurisdição]
Heb
1:3 Ele é o reflexo da [sua] glória e a representação exata do
seu próprio ser, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu
poder; e, depois de ter feito uma purificação pelos nossos pecados,
assentou-se
à direita da Majestade nas alturas [ cargo ou posição máxima na
Jerusalém 'de cima'].
4 De modo que ele se tornou
melhor do que os anjos [sendo rei deles],
a ponto de ter
herdado um nome mais excelente do que o deles.
Heb
1:8-9
8
Mas, com referência ao Filho: “Deus
é o
teu trono
para todo o sempre, e [o] cetro do teu reino é o cetro da retidão.
9 Amaste
a justiça e odiaste o que é contra a lei [fato demonstrado pela
forma em que “reinou” na Jerusalém terrestre].
É por isso que Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de exultação
mais
do que a teus associados.”
A
Entronização:
Jesus
é Rei do Reino dos Céus desde 29 EC. Jesus foi entronizado
Rei quando após ressuscitar ascendeu aos céus – à destra de Deus
- “Deus
é o
teu trono
para todo o sempre”
(Jesus
não teve que esperar até 1914) – Jesus passou a reinar “em seu
trono” - à destra de Deus, sobre “a casa de Jacó” para todo
o sempre. Jesus passou a exercer o seu cargo de Rei no Reino de Deus
por ser a “Mão Direita de Deus”, ou seja, aquele que a parir
dos séculos a frente trabalharia em seu reino para executar a
vontade de Deus.
João
3:35 “O Pai ama o Filho e
tem entregue todas
as coisas
na sua mão” [incluindo a coroa 'do trono Davi' - Jesus tem o
direito legal para isso – líder do povo Israel ].
Jesus
- Rei
e Sacerdote no Reino de Deus
Leiamos
Hebreus 6:20 – 7:1,2:
20
onde um precursor entrou a nosso favor,
Jesus,
que se tornou sumo sacerdote para sempre à maneira de Melquisedeque.
1
Porque este Melquisedeque, rei
de Salém, sacerdote do Deus
Altíssimo, que foi ao encontro de Abraão, quando [este] voltava da
matança dos reis, e o abençoou, 2 e a quem Abraão repartiu um
décimo de todas as coisas, é primeiramente, por tradução,
“Rei da Justiça”,
e é então também rei
de Salém, isto é, “Rei da Paz”.
O
texto acima descreve Jesus como líder do povo Israel , no cargo de
'rei de Salém celestial' – Jesus tornou-se Rei
e Sacerdote
'da tribo de Judá' (Heb 7:14)
Portanto
Jesus é o precursor
da esperança que os filhos do reino terão durante a presença de
Cristo: se tornarão reis
e sacerdotes
da mesma forma que Jesus Cristo já é (desde que ascendeu aos céus)
– Rev 5:10
Os
cristão ungidos adquirirão , ao serem ressuscitados, a mesma glória
– como Reis e Sacerdotes no Reino de Deus - que
o próprio Jesus já adquiriu
ao ser ressuscitado e ascender aos céus.
Jesus
é Rei
e Sacerdote do Reino de Deus desde o primeiro século. (2 Tessal
2:14)
A
entronização do Rei
As
Escrituras nos permite “ver” com detalhes a entronização do Rei
Jesus no Reino de Deus:
Atos
1: 9 E, depois de dizer estas coisas, enquanto olhavam,[o Filho do
Homem - Jesus] foi
elevado e uma nuvem o arrebatou para cima,
fora da vista deles.
Daniel
7:13-14
13
“Continuei observando nas visões da noite e eis que aconteceu que
chegou
com as nuvens dos céus
alguém semelhante a um filho
de homem [Jesus];
e ele obteve acesso ao Antigo de Dias [Jeová], e fizeram-no chegar
perto perante Este. 14 E
foi-lhe dado
domínio, e dignidade,
e um reino,
para que todos os povos, grupos nacionais e línguas o
servissem.
Seu domínio é
um domínio
de duração indefinida, que não passará, e seu reino é um que não
será arruinado.
Jesus,
o Filho do Homem, ascende aos céus e viaja até os lugares
celestiais e chega na presença do Antigo de Dias – Jeová. Por sua
vez, conforme o pacto que Jeová fizera a Jesus – de um reino
(Lucas 22:29), Jeová cumpre seu pacto e dá a Jesus o reino e toda
autoridade dentro de seu domínio – dentro de sua jurisdição.
Pessoas
de todos os povos, grupos nacionais e línguas , ou seja, pessoas
de todas as nações (Leia
Atos 15:14-18) passariam a servir ao Rei, ao Senhor Jesus Cristo.
Jesus passa a reinar sobre os anjos nos céus e sobre os cristãos na
terra - “Israel”. Começaria a era Cristã das Testemunhas de
Jeová – desde o primeiro século.
Comparemos
neste momento os textos de 1 Cor 15:24-26, Hebreus 10:12 e Atos
2:34-36
1
Cor 15:24-26
A
seguir, o fim, quando ele entregar o reino ao seu Deus e Pai, tendo
reduzido a nada todo governo, e toda autoridade e poder.
25 Pois
ele
tem de reinar
até
que [Deus] lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.
26 Como último inimigo, a morte há de ser reduzida a nada. 27 Pois
[Deus] “lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés”. Mas,
quando diz que ‘todas as coisas foram sujeitas’, é evidente que
se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
Heb
10: 12 Mas, este [homem] ofereceu um só sacrifício pelos pecados,
perpetuamente, e
se assentou à direita de Deus, 13 daí em diante esperando até que
os seus inimigos sejam postos por escabelo dos seus pés.
Atos
2:34-36 34 Realmente, Davi não ascendeu aos céus, mas ele mesmo
diz: ‘Jeová disse a meu Senhor: “Senta-te
à minha direita, 35 até que eu ponha os teus inimigos como escabelo
para os teus pés.”’
36 Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o
fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pregastes numa
estaca.”
Analisemos
as frases (I), (II) e (III) abaixo:
(I)“Pois
ele tem de reinar
até
que [Deus] lhe tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés.”
Pergunta:
Até quando Jesus deve reinar?
Até
que [Deus]
lhe tenha posto
todos os inimigos
debaixo
dos seus pés.
Portanto
Jesus deve reinar enquanto ainda existir inimigos 'acima' dos seus
pés. Ou seja, Jesus deve reinar enquanto ainda existirem outras
autoridades e poderes atuando, ou colocando de outra forma: Jesus
deve Reinar enquanto houver outras jurisdições inimigas (Diabo,
nações de homens, Morte, Hades). Deus submete conforme Sua Vontade
essas outras jurisdições à autoridade do Reino de seu Cristo Jesus
(expandindo a jurisdição ou competência do Reino de Deus)
A
outra frase:
(II)
Senta-te à minha direita,
35
até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.
Jesus
estar à direita de Deus significa que ele já reina no Reino dentro
de sua competência. Deduzimos de (I) e (II) a seguinte frase: Reina
à minha direita,
até
que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.
Agora
a frase (III):
(III)
e
se assentou à direita de Deus,
13
daí em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por
escabelo dos seus pés.
Jesus
'espera' Jeová lhe ampliar à sua jurisdição ou área de
competência a fim de exercer autoridade sobre “esse novo
território” e operar com seu poder e autoridade sobre ele.
Assim
o Reino de Deus é um reino em expansão e quem amplia a jurisdição
desse Reino é Jeová conforme Sua vontade, e ele faz isso em Seus
próprios tempos e épocas - Atos 1:7
A
cada novo 'território' conquistado Jesus – “à mão Direita de
Deus” executa
a vontade de Jeová nessa nova área de atuação. (Êxo
23:27-30 Ecle 1:9)
Portanto,
novamente, Jesus reina no meio de outras jurisdições ou autoridades
desde o primeiro século EC.
E
por fim notamos abaixo aqueles que atuam no planeta terra
representando o Rei do reino de Deus:
2
Coríntios 5:20 Somos, portanto, embaixadores,
substituindo a Cristo, como se Deus instasse por nosso intermédio.
Rogamos, como substitutos de Cristo: “Sede reconciliados com Deus.”
Um
embaixador serve para representar um reino ou nação existente
e real em
um território estrangeiro. Não existe embaixador se
não houver um reino ou
nação a ser representada. É por isso que os cristãos ungidos
possuem sua 'cidadania nos céus' (Fil 3:20)
Os
cristãos ungidos são embaixadores do reino dos céus, da Jerusalém
celestial, cujo rei ou cargo de autoridade máxima dentro
desse reino
é ocupado pelo rei Davi Maior – o Rei Jesus Cristo.
A
embaixada na terra ou no mundo representando o 'Reino do Filho' é a
congregação de cristãos ungidos ou corpo de Cristo. O exercício
da autoridade desse Reino, tanto nos céus como na embaixada está
limitada à sua jurisdição – Assim Jesus exerce todo domínio
apenas dentro de sua jurisdição.
Portanto
fica evidente que o trono de Davi deixou
de estar vago
quando Jesus
passou a reinar sobre “a casa de Jacó“.
A
posição que Jesus passou a assumir à direita de Deus é
irrevogável. Não se pode aplicar a Jesus as palavras de alerta que
ele disse aos seus irmãos:
Rev
3:11 Venho depressa. Persiste em apegar-te ao que tens, para
que ninguém tome a tua coroa.
Nada
mais é capaz de tomar a coroa de Jesus (Ninguém pode dizer para
ele: 'retira a coroa'). Jesus passou na prova quanto a quem ele
reconhecia como Soberano Universal. Por isso o
reino do “Davi Maior”
é por tempo indefinido, firmemente
estabelecido.
Sendo que a jurisdição inicial desse reino é “Jerusalém” ou
“Judá”.
Jesus,
ao ser ressuscitado com espírito imortal e enaltecido à direita de
Deus nos céus, herdou
todos os direitos do Reino Davídico
- incluindo
a coroa
que representa autoridade máxima sobre esse reinado (dentro da sua
jurisdição nos céus e na terra)
Jesus
ou Davi Maior passou a exercer o poder sobre a “casa de Jacó”
desde os céus por usar espírito santo de Jeová na construção e
aumento do Templo de Deus (1 Coríntios 3:16 ).
Jesus passou a reinar por usar a 'chave de Davi' (Rev 3:7) –
abrindo privilégios relacionados ao Reino ou vetando-os.
Assim
Jesus herdou permanentemente o “reino de Davi” passando a reinar
sobre o 'Israel de Deus' ou sobre os 'judeus de verdade – no
íntimo'.
Atualmente
o rei Davi Maior (Jesus) reina em sua cidade de 'Jerusalém de cima'
mas o seu reino ainda
não está presente em toda a jurisdição no Universo. Assim
Jesus reina nos limites de sua jurisdição. Chegará 'o dia' de
Jeová vindicar a Sua Soberania Universal legítima, o Direito de
Jeová exercer Autoridade sobre TODA jurisdição existente, tanto
nos domínios de cima (céus) quanto nos domínios de baixo (terra),
nesse 'dia' o Reino de Deus e a autoridade do seu Cristo (o Rei)
dominará sobre todo o mundo (todos os mundos: os céus e a terra). A
partir desse dia inicia a
presença do Reino do Senhor. A jurisdição deste sobre os céus e a
terra. O território em que as solas de nossos pés pisam será
território ou jurisdição do Reino de Deus.
A
vindicação da Soberania de Jeová como o Governador Universal está
naturalmente relacionada com os “filhos do reino” ou herdeiros do
reino.
Conforme
Revelação 12:1,5 a mulher, que representa
o conjunto de seres celestiais
que se submetem à vontade de Jeová que habitam na Jerusalém
celestial (atual jurisdição do reino dos céus), essa mulher dá a
luz 'um filho'. Este 'um filho' representa
o conjunto
de herdeiros
(filhos) do reino
(e
não o próprio reino em si)
, a principiar por Jesus, que são ressuscitados para a vida
celestial com autoridade e assim herdam o reino como reis deste
reino.
Assim
que o Davi Maior (Jesus) tiver terminado a construção do Templo de
Deus (1 Coríntios 3:16 – 144 mil cristãos herdeiros do reino) na
Jerusalém “de cima”, neste ponto, Jeová terá toda a prova
material (inquestionável) da legitimidade de Sua Soberania
Universal.
Vale
lembrar também da relação entre Rei e Salvador conforme exposto no
início dessa carta (1 Sam 10:19; 12:12). Se não reconhecermos a
Jesus como nosso Rei (desde 29 EC quando foi ungido como tal)
tampouco o reconhecemos como nosso Salvador. Jesus passou a salvar (a
ser responsável pela salvação) ou exercer
seu cargo
como Rei
Salvador no Reino de Deus desde que recebeu o cargo de Líder (Davi
Maior) sobre o povo de Deus. (Atos
13:22-23)
“eu
te tenho aprovado”
Ao
receber espírito santo de Deus, Jesus escuta a seguinte confirmação
de Deus:
Marcos
1:11 e uma voz saiu dos céus: “Tu és meu Filho, o amado; eu
te tenho aprovado.
É
importante meditarmos sobre essas palavras haja vista a acusação de
Satanás contra Deus, de que Deus não confia em suas criaturas, em
especial, nos humanos.
Lá
no Éden o Diabo disse a Eva:
“É
realmente assim que Deus disse, que não deveis comer de toda árvore
do jardim?” Porque Deus sabe que, no mesmo dia em que comerdes
dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente
sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.”
O
Diabo deu a entender que Deus escondera os fatos e privilégios
diante dos humanos. Que Deus não confiava nos humanos e portanto
escondia algo deles, ou seja, que eles deveriam ser mantidos “cegos”
pois não eram dignos de confiança.
As
palavras de Jeová dirigidas a Jesus (o último Adão) mostram que o
Diabo é Mentiroso.
Deus
fizera um pacto com Jesus, que se ele vencesse o mundo, receberia um
reino. Antes mesmos de Jesus comprovar a sua lealdade inquestionável
a Deus, por morrer numa estaca de tortura, Deus
já o havia aprovado. Deus já aprovara Jesus
como o Rei do Reino de Deus. Jeová mostrou assim que confiava em
suas criaturas humanas. Não nos admira o Diabo fazer de tudo para
que Jesus tropeçasse.
Por
isso também não faz nem sentido algum achar que Jesus tivesse de
esperar mais dois mil anos para herdar a posição de Rei no Reino de
Deus, como o próprio Jeová dissera: “eu te tenho aprovado”.
Portanto
vimos por meio da análise do pacto Davídico que:
1)
Jerusalém permaneceu como embaixada do Reino de Deus, mesmo após
607 AEC, mostrando que o
símbolo do Reino de Deus não sofreu interrupção.
(depondo contra as premissas (A), (B) e (C) de 1914)
2)
O trono de Davi - representando a autoridade máxima no Reino de Deus
– não
ficou vago
por 2520 anos pois Jesus,o Davi Maior, assumiu seu Reino sobre
o 'Israel de Deus'
ou 'casa
de Jacó'
(Lucas 1:32-33) ainda
no primeiro século.
Depondo portanto contra a premissa (D) das bases de 1914.
Os
Tempos dos Gentios
A
partir de agora consideraremos aquilo que Jesus se referiu como
'tempo dos Gentios' ou tempos de designados das nações, conforme
lemos em Lucas 21:20-24:
“Outrossim,
quando
virdes
Jerusalém
cercada
por exércitos acampados, então sabei que se tem aproximado
a desolação dela.
21 Então, comecem a fugir para os montes os que estiverem na Judéia,
e retirem-se os que estiverem no meio dela, e não entrem nela os que
estiverem nos campos; 22 porque estes são dias para se executar a
justiça, para que se cumpram todas as coisas escritas. 23 Ai das
mulheres grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá
grande necessidade na terra e furor sobre este povo; 24 e cairão
pelo fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e
Jerusalém
será
pisada pelas nações, até se cumprirem os tempos designados das
nações.
Analisemos
o contexto dessas palavras:
Como
sabemos, o estilo do
escritor Lucas é relatar as coisas em
ordem cronológica.
---------------------------------------------------------
Nota:
No Livro ‘Dê Testemunho Cabal’ sobre o Reino de Deus página 151
parágrafo 10, Lemos:
'Assim,
a casa de Ticio Justo tornou-se o local onde a recém formada
congregação cristã de Corinto se reunia. Se esse relato tiver sido
escrito em ordem
cronológica,
como
é o estilo de Lucas,
então a conversão daqueles judeus ou prosélitos aconteceu depois
de Paulo ter sacudido suas roupas.'
------------------------------------------------------------------------------------
Atente
para a sequência lógica (estilo de Lucas) de ações ou eventos nos
versos mencionados acima. Todas essas ações incidem sobre Jerusalém
– o sujeito das orações:
0)
Jerusalém “em paz”
1)
'Jerusalém cercada'...
2)
'aproximado a desolação dela'
3)
'Jerusalém será pisada'
Assim
o contexto impõe obrigatoriamente uma condição de causa e efeito
sobre o estado do sujeito , ou seja, sobre Jerusalém. A progressão
de ações (verbos) que incidem sobre Jerusalém (sujeito) são os
responsáveis pela mudança de estado do sujeito (Jerusalém).
Podemos descrever a seguinte máquina de estados ou fluxo sobre
Jerusalém:
Estado
inicial: Jerusalém 'em paz'. (Estado 0)
Evento:
Cerco por exércitos acampados (Causa)
Próximo
estado (Efeito): Jerusalém cercada (Causa)
Próximo
estado (Efeito): aproximado a desolação (Causa)
Próximo
estado (Efeito): Jerusalém pisoteada ou desolada.
0)Jerusalém
em paz → 1) 'Jerusalém cercada' → 2) 'aproximado a desolação
dela' → 3) Jerusalém pisoteada
O
estado inicial ('Jerusalém em paz') é facilmente decorrido do
contexto. Na verdade aquilo que levou a todas essas palavras de Jesus
nesse capítulo de Lucas foi justamente a discussão em torno de
Jerusalém em seu estado inicial, lemos (Lucas 21:5-7):
5
Mais tarde, visto que havia certos falando sobre o templo, que este
estava adornado com pedras excelentes e com coisas dedicadas, 6 ele
disse: “Quanto a estas coisas que estais observando, virão
os dias em que não ficará aqui pedra sobre pedra sem ser
derrubada.”
7 Interrogaram-no então, dizendo: “Instrutor, quando serão
realmente estas coisas e qual será o sinal quando estas coisas estão
destinadas a ocorrer?”
Note
que Jesus disse “virão os dias” “não ficará” - futuro
Portanto
o contexto do relato de Lucas indica
uma relação de causa e efeito
(estilo Cronológico) a respeito de Jerusalém ( não ficar pedra
sobre pedra no Templo (dentro de Jerusalém), de Jerusalém ser
cercada por exércitos, de se aproximar a desolação dela e de ,
finalmente, ser pisada).
O
Entendimento que vem sido aplicado por nós Testemunhas de Jeová
referente à expressão no verso 20: 'Jerusalém
cercada por exércitos acampados', é essa passagem ser interpretada
como se aplicando à
cristandade
na ocasião em que a "coisa repugnante que causa desolação"
atacar a cristandade.
Por
outro lado, quatro versos depois (no mesmo contexto) a
mesma Jerusalém
é interpretada como representando
o Reino de Deus na Terra.
Tal
tipo de interpretação se caracteriza como uma interpretação
dúplice (A mesma coisa, no mesmo contexto, tendo dois sentidos
diferentes) ( Ezequiel 12:24).
Seria
o mesmo que, em lógica, defender o seguinte:
Seja
X ('Jerusalém'), afirmamos que:
A)
X + 3 = 10;
B)
X + 5 = 11;
Em
A) temos que X = 7, em B) temos que X = 6. Não seria isso uma
interpretação dúplice e equivocada para X ?
Pois
estaria afirmando que 6 = 7 que é logicamente errado ou mentira.
Jeová
sendo um Deus que ama a Verdade não permite interpretação dúplice
(Ezequiel 12:24). As Escrituras Sagradas produzidas pela Maior Mente
do Universo - Jeová, deve passar pelo escrutínio da lógica. Afinal
de contas, Jeová é o Grande Matemático. Jeová se apega aos seus
próprios princípios condenando portanto erros de lógica.
(
Ezequiel 12:24)
O
Raciocínio Lógico é uma das ferramentas que nos ajudam a crer em
Deus (vide prólogo).
A
interpretação correta dessa passagem de Lucas não pode violar a
continuidade e integridade contextual , não pode violar o estilo
lógico nem a relação Causa/Efeito nesses versos e nem estar em
desarmonia com o resto das Escrituras.
Voltando
na progressão de estados de Jerusalém':
Estado
inicial: Jerusalém 'em paz'.
Evento:
Cerco por exércitos acampados (Causa o)
Próximo
estado (Efeito): Jerusalém cercada (Causa o)
Próximo
estado (Efeito): aproximado a desolação (Causa o)
Próximo
estado (Efeito): Jerusalém pisoteada ou desolada.
O
Efeito
(Jerusalém pisada pelas nações) não
pode vir ou se cumprir antes da Causa
(Jerusalém cercada por exércitos [das nações] )
O
Efeito
(até
então entendido no ensino de 1914 como se cumprindo em 607 AEC) não
poderia ocorrer ANTES da Causa desse Efeito:
quando virdes Jerusalém cercada por exércitos.
Portanto
relacionar os tempos dos gentios, o seu início, à data de 607 AEC
viola o princípio lógico de Causa e Efeito e viola a condição
obrigatória de ausência de duplicidade nas Escrituras. - depondo
contra o item (E) de 1914.
Portanto
atribuir o início dos tempos dos gentios à data de 607 AEC viola o
princípio lógico de causa e efeito.
Ponderemos
ainda sobre a questão abaixo:
O
que representava Jerusalém para os discípulos que ouviram essas
palavras, ou melhor ainda, o que representava Jerusalém para Jesus,
aquele que disse essas palavras?
Em
harmonia com tudo o que já consideramos até agora nessa carta vemos
que Jerusalém era, conforme o próprio Jesus Cristo reconheceu, 'a
cidade do Grande Rei', ou cidade santa (Mateus 5:35 , Mateus 4:5,
Lucas 4:9, Mateus 27:53).
Jerusalém
era o lugar onde Jeová escolhera colocar o seu Nome, portanto
Jerusalém era
um lugar santo (onde 'residia' o nome de Deus)
Conforme
exposto exaustivamente, Jesus reconhecia e muito a santidade de
Jerusalém e seu Templo:
Mateus
23:21 "e quem jurar pelo templo, está jurando por ele e por
aquele
que habita nele;
"
Mateus
5: 35 "...Não jureis absolutamente... nem por Jerusalém,
porque é
a cidade do grande Rei.
Lucas
19:46 dizendo-lhes: “Está escrito: ‘E a
minha casa
será casa de oração’,
Lucas
2: 49 Mas ele lhes disse: “Por que tivestes de ir à minha procura?
Não sabíeis que eu
tenho de estar na [casa] de meu Pai?
Lucas
19: 41" E quando chegou perto, contemplou
a cidade [Jerusalém] e chorou sobre ela"
Lucas
2:37 "...e ela era viúva, já com oitenta e quatro anos de
idade), que nunca
estava ausente do templo,
prestando noite e dia serviço sagrado... "
Lucas
19:47 "Outrossim, [Jesus]
ia diariamente ensinar no templo."
Lucas
24:502"....e voltaram para Jerusalém com grande alegria. 53 E
estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus."
Mesmo
para os cristãos após 33 EC, Jerusalém ainda era um
lugar santo (onde o Nome de Jeová residia):
Atos
2:46 E dia após dia assistiam constantemente no
templo,
de comum acordo, tomando as suas refeições em lares particulares e
participando do alimento com grande júbilo e sinceridade de coração
Atos
3:1 Ora, Pedro e João estavam subindo ao templo para a hora da
oração, a nona hora,
Atos
21 26 Paulo tomou então consigo os homens, no dia seguinte, e
purificou-se cerimonialmente junto com eles, e entrou no templo,
notificando os dias a serem cumpridos para a purificação
cerimonial, até se apresentar a oferta para cada um deles. 27 Ora,
quando os sete dias estavam para se concluir, os judeus da Ásia,
observando-o [Paulo] no templo, começaram a lançar toda a multidão
em confusão, e deitaram mãos nele
Atos
22:17 “Mas, tendo eu voltado
a Jerusalém e estando a orar no templo,
caí em transe 18 e o vi dizer-me: ‘Apressa-te e sai ligeiro de
Jerusalém, porque não concordarão com o teu testemunho a respeito
de mim.’
Atos
24:11 "visto que estás em condições de descobrir que, quanto
a mim, não faz mais de doze dias desde que subi para adorar
em Jerusalém;
12 e eles não me acharam no templo argumentando com alguém, nem
causando que se formasse uma turba, tampouco nas sinagogas ou em toda
a cidade. "
Atos
25 : 8 "Mas Paulo disse em defesa: “Nem contra a Lei dos
judeus, nem
contra o templo,
nem contra César cometi qualquer pecado.”
Ou
seja, Jerusalém e seu Templo não era uma coisa "impura"
ou falsa para os cristãos do primeiro século (muito longe disso!)
tal como o é a cristandade . Jerusalém ainda era um
lugar santo,
até então usado pela adoração verdadeira – onde muitos cristãos
adoravam em seu Templo.
Ou
seja, Jerusalém de forma alguma poderia representar profeticamente a
cristandade.
Jerusalém
estava associada intimamente ao nome de Jeová, era a cidade do
Grande Rei, associada ao reino do Grande Rei Jeová, era a cidade
santa, lugar santo, onde os cristãos serviam a Jeová no pátio
externo de Seu grandioso Templo.
Está
a atual cristandade associado aos predicados anteriormente
mencionados a respeito de Jerusalém? De forma alguma!
Só
existe um lugar ou povo na terra atualmente que possui esses
predicados que eram os mesmos de Jerusalém: associado intimamente ao
nome de Jeová, a cidade do Grande Rei, associado ao reino do Grande
Rei Jeová, a cidade santa, lugar santo, onde os cristãos [ungidos]
servem a Jeová no pátio externo de Seu grandioso Templo.
Tal
conclusão está em harmonia com aquilo que Jesus disse em Marcos
13:14
“No
entanto, quando avistardes a coisa repugnante que causa desolação
estar de pé num
lugar onde não devia
(que o leitor use de discernimento), então, comecem a fugir para os
montes os que estiverem na Judéia.
"estar
de pé num lugar onde não devia”
- Se os poderes políticos atuais estivessem agindo na cristandade a
fim de desolá-la...não poderíamos chamar isso de "estar de pé
num
lugar onde não devia ".
Como sabemos, eles até devem fazer isso.(Rev 17:17)
Só
existe um “lugar” na terra atualmente onde 'a coisa repugnante'
não pode ou não deve estar: o lugar onde
reside o nome de Jeová
Deus: o
lugar santo.
'Conforme
falado por intermédio de Daniel'
Lembre-se
por favor do contexto dessa profecia (a respeito dos tempos dos
gentios – de Jerusalém ser pisada) conforme expressa em Mateus
24:15
15
“Portanto, quando avistardes a coisa repugnante que causa
desolação, conforme falado
por intermédio de Daniel,
o profeta, estar
em pé num lugar santo,
(que o leitor use de discernimento)”
O
escritor praticamente exige que relacionemos, conforme o contexto e
toda harmonia Bíblica, o período de Jerusalém (lugar santo) ser
cercada, e por fim desolada e pisada durante 'os tempos dos gentios'
com a profecia em Daniel.
Em
Daniel 11:31, lemos:
31
E erguer-se-ão braços procedentes dele [Rei do Norte]; e eles hão
de
profanar o santuário, o baluarte,
e remover
o [sacrifício] contínuo. “E hão de constituir a coisa repugnante
que causa desolação.
Vemos
portanto que o rei do Norte (a coisa repugnante) há de profanar o
lugar santo, o 'baluarte' e
remover
o sacrifício contínuo:
Ou
seja, isso nos levar a crer que, no
futuro,
um regime tirânico removerá
o sacrifício contínuo
relacionado com o fruto dos lábios, a obra de pregação e produção
de literaturas bíblicas que ensinam
sobre Jeová e Seu Reino.
(Lembre-se que a revista A Sentinela é publicada sem
interrupção [continuamente]
pelas Testemunhas de Jeová desde 1879 - página 2 – A Sentinela)
Voltemos
agora às palavras de Jesus sobre 'os tempos dos gentios'
'Jerusalém
será pisada
pelas nações,
até
se cumprirem os tempos designados
das nações.' - Lucas 21:20
Acreditamos
que Revelação 11:1-2 lance ainda mais luz sobre as palavras de
Jesus quanto a Jerusalém ser pisada pelas nações:
Rev
11:1,2
1
E foi-me dada uma cana igual a uma vara, ao dizer-me ele: “Levanta-te
e mede o [santuário do] templo de Deus e o altar, e os que nele
adoram. 2 Mas, quanto ao pátio que está de fora do [santuário do]
templo, lança-o completamente fora e não o meças, porque foi
dado às nações,
e elas pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses
Para
medirmos a força da relação dessas passagens bíblicas, façamos
uma análise Morfológica, Sintática, Semântica e Contextual das
frases abaixo:
Lucas
21:24 → chamaremos de passagem de Lucas
'e
Jerusalém
será
pisada
pelas
nações,
até se cumprirem os tempos designados
das
nações.'
Rev
11:2 → chamaremos de passagem de Revelação
“porque
foi
dado
às
nações,
e
elas pisarão
a
cidade santa
por
quarenta e dois meses.”
Análise
Morfológica
Substantivos
em Lucas: 'Jerusalém' , 'nações' , 'tempos',
Substantivos
em Revelação: 'nações', 'cidade santa', 'quarenta', 'dois',
'meses'.
Verbos
em Lucas: 'será' (futuro do presente) , 'pisada' (particípio),
cumprirem (futuro do subjuntivo)
Verbos
em Revelação: 'foi'(pretérito), dado (particípio) , 'pisarão'
(futuro do presente) .
Análise
Semântica
Análise
Sintática
Sujeito
em
Lucas:
'Jerusalém'
( sofre ação do verbo pisar)
Predicado
em Lucas: 'será pisada pelas nações, até se cumprirem 'os tempos
designados das nações'.[objeto direto]'
Sujeito
em Revelação: elas [ as nações ]
Predicado:
'pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses'
Tanto
em Lucas quanto em Revelação, podemos afirmar o seguinte:
Quem
sofre a ação do pisoteio é 'Jerusalém' ou a 'cidade santa'
Quem
pratica a ação de pisotear são 'as nações'.
O
pisoteio, nos dois casos, possui um período específico de duração:
Lucas:
até se cumprirem os tempos
designados
das nações.
Revelação:
por quarenta
e dois meses.
Notamos
portanto total similaridade
e muita
correlação entre a passagem de Lucas com Revelação.
Podemos
até mesmo Experimentar trocar (permutar) as frases acima que possuam
a mesma cor:
'e
a cidade
santa
será
pisada
pelas
nações por
quarenta e dois meses'
porque
foi
dado
às
nações,
e
elas pisarão
Jerusalém
até
se cumprirem os tempos designados
das
nações
Podemos
até mesmo juntar todas as frases numa só:
'e
Jerusalém - a cidade santa
será
pisada pelas
nações
- e elas pisarão -
porque foi dado às nações,
até se cumprirem os tempos designados - por quarenta e dois meses'
Veja
a correspondência ou similaridade quanto às palavras usadas (Lucas
→ Rev):
“Jerusalém”
→ “cidade santa”
“será
pisada pelas nações” → “foi dado às nações, e elas
pisarão”
“até
se cumprirem os tempos designados das nações.” →
“por
quarenta e dois meses”
Ainda
mais, essas palavras não são apenas relacionadas em sua morfologia,
semântica, sintaxe , são
também quanto
ao contexto
em que elas foram ditas:
No
caso das Palavras registradas em Lucas note o
contexto inicial
da conversa que gerou todas essas palavras de Jesus:
Lucas
21:5
5
Mais tarde, visto que havia certos
falando sobre o templo,
que este estava adornado com pedras
excelentes e com coisas dedicadas,
6 ele disse: “Quanto a estas coisas que estais observando, virão
os dias em que não
ficará aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada.”
7 Interrogaram-no então, dizendo: “Instrutor, quando
serão realmente estas coisas
e qual
será
o sinal quando estas coisas estão
destinadas a ocorrer?”
“falando
sobre o templo”- localizado
dentro da cidade santa.
'não
ficará' [futuro] aqui pedra sobre pedra sem ser derrubada. -
pedra derrubada no chão, pisoteada
– no futuro.
'quando
serão' – Falando
do Futuro
“ qual
será”
- Falando do Futuro
“estão
destinadas a ocorrer” - ainda
não ocorreram mas estão destinadas a ocorrer – Futuro.
Jesus,
nesse capítulo 21 de Lucas, estava se referindo contextualmente
aos eventos
que ocorreriam no futuro,
durante o Futuro
dia do Senhor,
durante a sua futura
presença.
Vale
lembrar que Jesus conjugou o verbo "ser" no Futuro do
Presente: "Jerusalém será
pisada".
O
Futuro do Presente é usado para falar de ação ou acontecimento que
ocorrerá no futuro relativamente
ao momento em que se fala.
Da
mesma forma, o livro de Revelação descreve os eventos que
ocorreriam durante
o dia do Senhor ou presença de Cristo,
ou seja, na mesma época futura ou mesmo contexto histórico dos
eventos descritos em Lucas 21.
Como
lemos em Rev 1:10:
Por
inspiração, vim a estar no dia do Senhor.
------------------------------------------------------------
Nota:
É
óbvio que o pisoteio não poderia ter começado em 70 EC com a
destruição de Jerusalém pelos romanos. O que mostra que não
começou em 70 EC é justamente o texto de Rev 11:2 – pois
Revelação foi escrito cerca
de 20 anos
após
o
cumprimento primário em 70 EC (Destruição de Jerusalém) ,
mostrando
que essas palavras de Jesus em Lucas 21:24, teriam uma aplicação
futura (assim como vários outros sinais da presença) .
A
realidade é que o texto de Revelação 11:2 complementa Lucas 21:24
posicionando-o , conforme o próprio contexto de Lucas, durante
a terminação do sistema de coisas –
no futuro.
------------------------------------------------------------
Conforme
já analisamos, a 'cidade santa' a ser pisoteada deve necessariamente
estar relacionada ao nome de Jeová, pois é justamente esse nome que
torna 'algum lugar' 'santo'. (Lembremos R= J/d)
O
texto de 1 Pedro 2:9 também lança luz naquilo que seria a 'cidade
santa' a ser pisoteada:
1
Pedro 2:9
Mas
vós sois “raça escolhida, sacerdócio real, nação
[cidade] santa,
povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências”
daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz”
Assim,
de acordo com essa passagem, a 'cidade santa' ou 'lugar santo' a ser
profanado pela coisa repugnante que causa desolação é a 'nação
santa' são os remanescente da semente, a
congregação de cristãos ungidos
ainda na terra (o único e real 'lugar santo' na terra onde Jeová
colocou o Seu Nome)
O
Nome de Jeová, a Sua Teocracia e Adoração “reside” na
congregação de cristãos ungidos para que eles “divulguem as
excelências” do Reino de Deus. Isso faz deles 'um lugar santo'
(Jesus não
disse: um lugar que 'parece'
santo)
A
relação entre Lucas 21:24 e Revelação 11:2 nos permite não
apenas posicionar os tempos dos gentios no futuro – no dia do
Senhor, mas também saber a sua duração:
"
Jerusalém será pisada pelas nações, até
se cumprirem os tempos designados das nações*."
"As
nações pisarão a cidade Santa por
quarenta e dois meses"
Logo,
da 'equação' acima temos que:
Os
tempos designados das nações eqüivalem a quarenta e dois meses; a
serem contados num ponto no futuro durante o dia do Senhor ou
terminação do sistema. Portanto não há razões bíblicas para
extrapolarmos o período “dos tempos dos gentios” para 7 tempos,
pois a duração, conforme explicitado nas Escrituras é de 3 tempos
e meio ou 1260 dias ou 42 meses.
Assim
tanto Revelação 11:2 como Lucas 21:24 parecem muito profetizar
sobre o mesmo assunto, ambas apontando para o futuro: o tempo que
será dado às nações para pisar a organização de Jeová na
terra, de modo que é ilógico
usar "o tempo designado das nações" como prova
substancial para a data de 1914 (item (E))
.
O tempo designado das nações se refere assim a um evento futuro –
não para o passado.
Mui
provavelmente os
'tempos dos gentios'
refletirá o período de Refinamento dentro da organização de Deus,
que, obrigatoriamente, Jeová deve efetuar antes de executar
julgamento sobre o mundo. (Jerem 46: 28 , Jeremias 25:29 , 1 Pedro
4:17 )
Tal
pisoteio sobre o povo de Jeová por parte do 'Caldeu', armará o
palco para o contra-ataque de Deus no Armagedom:
1
Coríntios 3:17:
“Se
alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; pois o templo
de Deus é santo, [templo] esse que sois vós.”
Conclusão
Portanto,
de tudo até aqui analisado somos levados a concluir que o ensino de
1914 não se harmoniza com os fundamentos das Escrituras.
Note
que não é o objetivo dessa carta re-interpretar todas as
importantes profecias relacionadas à presença de Jesus Cristo e
terminação do sistema de coisas. Estamos apenas chamando a atenção
para a necessidade inerente de se fazer isso (re-interpreta-las)
visto que 1914 constitui discrepância com os fundamentos das
Escrituras.
Ou
seja, sendo 1914 um erro, existe necessidade de re-análise nas
profecias relacionadas ao 'dia do Senhor'.
Por
exemplo: A profecia dos 7 tempos de Daniel parece indicar para um
futuro governo tirânico, uma nova Babel ou Babilônia – o 'Caldeu'
(oitavo rei) , com características de uma fera, totalmente
destituído de valores civis e republicanos ('coração de homem'
vira 'coração de fera').Um período de perda dos direitos civis e
constitucionais tais como a perda de liberdade religiosa e de
expressão. (Daniel 4:16, Rev 17:13). Assim como a Babel do passado,
tal governo tirano exigiria intervenção divina para livrar a
humanidade da escravidão total (Gen 11:7). O período da terminação
(com data de início indeterminável - Atos 1:7) poderia até mesmo
durar 'sete tempos' ou sete anos (Deuteronômio
15:1, período de Rev 11:2 [abismo ou guerra no sistema] mais período
de Rev 13:5 quando a fera sai do abismo ).
Alguns
talvez fiquem desconfortáveis com a noção de uma “futura
parousia”, pois poderia achar que, de alguma forma, a “futura
presença” indique que Jeová e Jesus não tenha ajudado atualmente
ao Seu povo ANTES da terminação do sistema de coisas. Como vimos
nessa carta, Jesus tem atuado desde o primeiro século como Rei e
líder do povo de Deus. Jesus é Rei sobre a casa de Jacó, sobre o
povo Israel. E o fato de temos milhares de pessoas chamadas pelo nome
de Jeová atualmente mostra que o Davi Maior tem lutado a favor do
“povo de Israel”, a favor do lugar onde reside o Nome de Jeová:
a organização de Jeová - a embaixada do Reino de Deus.
Lembremo-nos
das palavras de Jesus:
Mateus
28:18
E
Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: “Foi-me
dada toda a autoridade no céu e na terra.
19 Ide, portanto, e fazei
discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as
em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, 20 ensinando-as
a observar todas as coisas que vos ordenei. E
eis que estou convosco todos os dias, até à terminação do sistema
de coisas.”
Portanto
lembre-se que Jesus tem atuado desde muito tempo atrás, conforme as
palavras acima, sobretudo com relação às boas novas do Reino desde
o primeiro século
e
através da História
– por meio dos sinceros cristãos sempre gradualmente promovendo e
dirigindo uma campanha mundial de pregação das boas novas de seu
Reino messiânico, unindo todas as pessoas sinceras e amantes da
justiça na adoração do único Deus verdadeiro, Jeová, e
esclarecendo e refinando progressivamente 'o povo de Israel', para se
amoldarem cada vez mais às normas divinas' - Cumprindo assim o que
ele prometera:
'
E
eis que estou
convosco
todos
os dias,
até à terminação do sistema de coisas. '
As
Quatro Guerras Mundiais
O
livro de Bíblico de Daniel parece descrever perfeitamente cada uma
das grandes guerras mundiais
que
afligiram, e afligirão, a humanidade:
Comecemos
pela Primeira Guerra Mundial:
Daniel
11:25 “E ele despertará seu poder e seu coração contra o rei do
sul, com uma grande força militar; e o rei do sul, da sua parte,
excitar-se-á
para a guerra com uma força militar extraordinariamente grande e
poderosa.
E ele não se manterá de pé, porque maquinarão ardis contra os
seus ardis. 26 E os mesmos que comem os seus petiscos causarão a sua
derrocada.
“E
quanto à sua força militar, será levada de enxurrada e muitos hão
de cair mortos.
27
“E no que se refere a estes dois reis, seu coração se inclinará
a fazer o que é mau, e a uma só mesa continuarão a falar mentira.
Mas nada será bem sucedido, porque [o]
fim é ainda para o tempo designado.
A
Primeira Guerra Mundial se enquadra perfeitamente na descrição
acima, sendo esta uma
guerra que envolveu “uma força militar extraordinariamente grande
e poderosa“ – como nunca antes na História.
Foge
do escopo desta carta a discussão detalhada quanto a identificação
do Rei do Norte e do Sul, mas basicamente acreditamos que essa
intriga entre esses dois reis seja a óbvia e constante intriga entre
duas forças opostas de governança: A
Monarquia versos A República,
ou seja, o Imperialismo Britânico, que desde os tempos das colônias
o lema é: “Dividir para conquistar” contra a República dos
Estados Unidos da América.
Essas
duas nações aparentam ser “amigas”, como que “comendo a uma
só mesa”, mas na realidade representam forças antagônicas.
A
História do Imperialismo per si sempre se opôs à República, não
devemos imaginar que hoje seja diferente (A Bretanha de fato é a
continuação moderna do antigo rei do Norte: O Império Romano, onde
o chefe de Estado é também o chefe da Igreja.)
Com
certeza tal Grande Guerra que envolveu uma “força
militar extraordinariamente grande e poderosa”
mexeu com os sentimentos de todos , inclusive com os dos cristãos,
que fatalmente seriam levados a crer que tal acontecimento seria “o
início do fim”, no entanto, conforme as próprias palavras
proféticas: “ [o]
fim é ainda para o tempo designado”.
Então
veio a Segunda Guerra Mundial com grande correlação com as palavras
de Daniel 11:29
29
“Retornará no tempo designado e virá realmente contra o sul; mas
no fim não virá a ser como foi no princípio. 30 E certamente virão
contra ele os navios de Quitim e ele terá de ficar desalentado.
IBM,
Ford, GM, Bank of England – foram alguns dos patrocinadores do
Nazismo.
Apesar
dos “ilustres” contribuidores do Terceiro Reich houve um grande
fator para a derrota nazista: “os navios de Quitim” - a frota
naval Americana.
Por
fim, a próxima grande guerra – no tempo do fim:
Daniel
11:40 “E, no tempo do fim, o rei do sul se empenhará com ele em
dar empurrões, e o rei do norte arremeterá contra ele com carros, e
com cavaleiros, e com muitos navios; e ele há de entrar nas terras,
e inundar, e passar.
O
rei do Sul – EUA – está destinado a perder tal guerra – a ser
“inundado”. Durante esse tempo, das
cinzas dessa guerra, ou do abismo,
uma nova forma de governança tirânica há de surgir no cenário
mundial e ir para a destruição: o Oitavo rei. (Rev 17:10-14)
A
República, com sua Constituição ou Coração daquele do gênero
humano, com as liberdades individuais, com os direitos civis - onde
muitas nações encontram abrigo em suas folhagens e buscam sombra
debaixo dela, e que serve como alimento de esperança para muita
“carne” - uma forma de governo onde há “alimento” ou
oportunidade para todos – A República dará lugar a um “coração
de animal” - se tornará uma Fera (Daniel 4:10-17)
Não
precisaremos ficar “desalentados de terror” durante o “tempo do
fim”, pois Jeová Deus nesse tempo terá expandido as jurisdições
do atual reino do seu Rei Jesus sobre o mundo a fim de salvar a
Humanidade – o reino da humanidade tornar-se-á também o reino de
nosso Senhor e de seu Cristo. (Rev 11:15)
Jesus,
o Salvador Rei de “Israel” livrará a humanidade das garras da
Fera travando a
última Grande Guerra
– dessa vez uma Guerra justa: o Armagedom (Rev 17:14) – nenhum
justo perecerá nesta Guerra (Prov 2:21,22 ; Salmos 37:10.11 )
Os
dias de Noé
Os
dias de Noé significaram todo um conjunto de acontecimentos que
precederam o fim de um antigo sistema de coisas: desde quando Deus
exercia paciência, até que ele sinalizou a terminação daquele
sistema antigo e por fim o grande 'final'. Por isso consideramos
importante o estudo detalhado dos eventos que ocorreram nos dias de
Noé.
Voltemos
para a indagação inicial realizada pelos apóstolos de Jesus:
Mateus
24:3
3
Enquanto estava sentado no Monte das Oliveiras, aproximaram-se dele
os discípulos, em particular, dizendo: “Dize-nos: Quando sucederão
estas coisas e qual será o sinal
da tua presença
e
da terminação do sistema de coisas?”
(Note
que eles não
perguntaram quando seria o Armagedom – grego te-los - o fim
completo)
De
modo que nos próximos versos do capítulo 24 de Mateus, irá se
tratar do “sinal da presença de Cristo e da terminação do
sistema de coisas”.
Apenas
enfatizando (relembrando) o entendimento correto das palavras
“presença” e “terminação”:
-
“sinal da tua presença” - sinal da “pa-rou-sí-as”
Para
ilustrar, o cenário é como um carro que anda em certa velocidade X,
até o ponto em que, por causa do “sinal vermelho” ele sofre uma
desaceleração (pisa-se no freio).
O
carro para imediatamente? Não! Ele continua em movimento
desacelerado até parar por completo (grego té-los – fim
completo).
Ilustrando
, vamos marcar os eventos desse carro na linha do tempo:
A
presença e a terminação abrange o momento em que se “pisa no
freio” (sinal vermelho) e transcorre-se um período de tempo, até
que o carro pare completamente – velocidade zero. - Fim completo –
do grego Te-los
Reformulando,
de forma análoga, a pergunta dos discípulos, temos: “Qual o
sinal” que indicará uma pisada no freio deste sistema - marcando a
terminação do atual sistema de coisas ?
Usando
a ilustração:
Qual
é a variável
aleatória na
questão dos discípulos? Qual o ponto crucial na linha de tempo
acima?
Analisando
todo o contexto desses versículos, Jesus disse que esse 'dia' seria
incalculável pelos anjos, por ele mesmo e muito menos pela mente
humana:
Mateus
24:36
“Acerca
daquele
dia
(note a palavra 'dia' no singular) e daquela hora ninguém sabe, nem
os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.
24:42
“Portanto, mantende-vos vigilantes, porque não
sabeis em que dia (singular) virá
o vosso Senhor.”
24:50
“ o amo daquele escravo virá num
dia (singular) em que não espera”
Marco
13:32 “pois não sabeis quando é o tempo designado”
35:
“pois não sabeis quando vem o senhor da casa”
No
entanto, embora Jesus dissesse que não fosse possível para nós
sabermos “o dia”, ele nos disse para atentarmos para
o padrão estabelecido
que ocorreu lá nos dias de Noé:
Lemos
em Mateus 24:36
36
“Acerca daquele dia
e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
mas unicamente o Pai. 37 Pois assim como eram os dias de Noé, assim
será a presença do Filho do homem. 38 Porque assim como eles eram
naqueles dias antes do dilúvio, comendo e bebendo, os homens
casando-se e as mulheres sendo dadas em casamento, até
o
dia
em que Noé entrou na arca,
39 e não fizeram caso, até
que
veio o dilúvio e os varreu a todos, assim será a presença do Filho
do homem.
Assim
o modelo seria os dias de Noé – O que ocorreu nos dias de Noé?
Os
dias de Noé podem ser separados em três estágios importantes
(esses
estágios são definidos por meio da preposição 'até' que denota a
mudança no decorrer do tempo de um estado ou ação – Note
Atos 13:20 para uma construção similar):
“aqueles
dias
antes do dilúvio...as pessoas comendo e bebendo“. Noé
construindo a arca e pregando a justiça...”e Noé fez exatamente
assim”
Depois,
“o
dia
em que Noé entrou na arca” e seguiam-no os animais - mas as
pessoas não se importaram – não fizeram caso – 'não o
perceberam'.
Até
que veio o dilúvio e os varreu a todos.
Pensemos:
No
caso dos dias de Noé, Qual foi “aquele dia e aquela hora” que
ninguém sabia? Qual foi o
dia
que apenas o Pai sabia? Qual foi o
sinal
para aquelas pessoas, o evento - o “dia” (note singular) - que
não fizeram caso , não o perceberam, sinal esse que indicaria o
início da terminação do sistema de coisas?
A
resposta é dada por Jesus: “o
dia
em que Noé entrou na arca”.
Conforme
o relato de Gênesis, lemos o que Noé fez antes
dele entrar na arca:
Genesis
6:22 “E Noé passou a fazer segundo tudo o que Deus lhe mandara.
Fez exatamente assim.” (ou seja, construiu a arca e pregou a
justiça – antes
'daquele dia')
E
depois disso, o que ocorreu? Lemos:
Genesis
7:1
1
“Após
isso [depois], Jeová
[ e de fato, apenas o Pai sabia o dia] disse a Noé: “Entra
na arca,
tu e todos os da tua casa, porque tu és quem eu vi ser justo diante
de mim no meio desta geração.”
7:4
“Pois,
em apenas mais sete dias
[período
de terminação] farei
que esteja chovendo sobre a terra por quarenta dias e quarenta
noites; e vou obliterar da superfície do solo toda coisa existente
que tenho feito.”'
“7
Noé entrou
assim na arca,
e com ele seus filhos e sua esposa, e as esposas de seus filhos,
antes
de [virem] as águas do dilúvio.”...
E
aconteceu que
sete dias depois
[período da terminação daquele sistema] vieram as águas do
dilúvio sobre a terra
Raciocinemos:
O
que marcou (sinalizou) o período da terminação daquele antigo
sistema de coisas? Quanto tempo durou naquele caso? O que serviu de
sinal de aviso para aquelas pessoas ('que comiam e bebiam') de que o
sistema de coisas daquela época havia atingido o início de sua
terminação? Encontramos a resposta no relato: ' o
dia em
que Noé entrou na arca'
Para
ilustrar:
O
“dia” em que Jeová ordenasse que Noé entrasse na arca, esse dia
indicaria o
sinal
que o sistema de coisas daquela época estaria em sua terminação –
o começo do fim.
E
mesmo que a arca já estivesse pronta por muitos anos, apenas o Pai
poderia dar a ordem “entra
na arca”
- ordem essa que indicaria o
sinal da terminação do
sistema antigo de coisas – a sinteleia / parusia daquela época.
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Nota:
Pelo próprio 'bom senso' e pelo próprio contexto de Gênesis
capítulo 7, Noé não
deve
ter esperado o
último dia
dos sete (justo o sábado) para começar a trabalhar por entrar na
arca com os animais, assim ele “entrou na arca” no
primeiro dia,
desde que ele recebeu a
ordem
dada por Deus:
'Entra na arca' (sendo esse o sinal para as pessoas da terminação
daqueles dias).
A
Sentinela 15 de Abril de 2012 também concorda com essa ideia: Lemos
na página 23 parágrafo 7: “Sete dias antes de caírem as águas –
tempo
suficiente para Noé e sua família alojarem os animais na arca - ”.
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Porém,
meditemos o seguinte: quando foi que Noé começou a construiu a
arca? Será que foi durante o período de sete dias que marcaria a
terminação (synteleias) daquele sistema? Não! Foi cerca de 40-50
anos ANTES.
Lemos
em 2 Pedro 2:5 “...mas preservou a Noé, pregador da justiça...”
Do
mesmo modo, quando foi que Noé começou a ser o 'pregador da
justiça' ?Será que foi durante o período da terminação daquele
sistema?
Não,
não foi. Ele pregou a justiça por muito tempo ANTES do período que
marcou a “terminação” daqueles tempos.
Noé
pregava muito tempo antes do chamado 'tempo do fim - terminação' -
se quer começar, e fazia isso durante muitos anos enquanto ele
construía a arca. A própria arca – a medida que ela iria
aumentando - servia como testemunho contra as pessoas.
Aí,
veio o sinal do Pai: “Entra na arca”
E
durante a terminação do sistema, “a descendência de animais”
...”continuaram
a vir a Noé”.
E
assim será, analogamente, em nossos dias:
Note
a ilustração abaixo:
Semelhantemente,
a organização de Jeová vem sendo “construída” através de
muitas décadas – anos esses que antecedem
o sinal “da presença e da terminação” do atual sistema de
coisas. Essa construção é acompanhada pela “pregação da
justiça” - das boas novas – Marcos 13:10.
Assim
– o dia em que o Pai e somente o Pai pisará no freio desse
sistema de coisas, dando início a sua terminação, até sua 'parada
por completo' no Armagedom – é um evento a ocorrer no futuro, em
breve – dado o tamanho da arca e o tempo em que se prega a justiça.
Uma
coisa é certa: temos que fazer 'exatamente assim' – construir a
arca e pregar a justiça ANTES do 'dia' do sinal da presença. A
presença não pode começar com a arca inacabada.
Enquanto
a 'arca-organização' de Jeová está em construção, Deus exerce
paciência:
1
Pedro 3:20:
'os
quais outrora tinham sido desobedientes, quando
a paciência de Deus esperava nos dias de Noé,
enquanto se construía a arca,
na qual poucas pessoas, isto é, oito almas, foram levadas a salvo
através da água.'
A
'paciência de Deus' espera nos nossos dias, enquanto se 'constrói'
o povo de Jeová, bem como os filhos do Reino (Hebreus 11:7).
A
ordem: “Entra na arca” dos dias de Noé, eqüivale aos nossos
dias quando Jeová vindicar a sua Soberania estendendo assim o
território de atuação ou jurisdição do Rei Jesus Cristo: Jesus
será o Rei do mundo. – mas para isso, novamente, a
arca-organização de Jeová deve estar pronta. O Templo ,formado por
cristãos ungidos, deve estar pronto para ser inaugurado.
O
Trabalho efetuado por Noé é totalmente relacionado com o trabalho
dos embaixadores do Reino:
Comparando
os dias de Noé / nossos dias : Evento a Evento:
O
Testemunho:
A Paciência de Jeová
A1)Ordem
dada a Noé de construir a arca e pregar a justiça – 40/50 anos
A2)Verdadeiros
cristãos constroem a “arca-organização de Jeová” e pregam as
boas novas em todas as nações por séculos.
B1)
Noé fez exatamente assim
B2)
Cristãos (ungidos) fazem exatamente assim.
O
Sinal – Aquele 'dia' - A Terminação:
C1)
Depois disso, Jeová dá o sinal: “Entra na arca” - começa a
terminação.
C2)
Depois dos cristãos fazerem “exatamente assim”, Jeová dará o
sinal que indicará que “Cristo Reina sobre o mundo” - começará
a terminação do sistema de coisas – o Reino de Cristo começa a
jurisdicionar sobre a terra.
O
Fim (completo)
D1)
Após a terminação (7 dias), vem o Dilúvio
D2)
Após a terminação, vem o Armagedom.
Assim,
conforme Tiago 5:7 concluímos:
'7
Portanto, exercei paciência, irmãos, até
a presença do Senhor.
Eis que o lavrador fica esperando o precioso fruto da terra,
exercendo paciência com ele, até que venha a chuva temporã e a
chuva serôdia. 8 Vós também exercei paciência; firmai os vossos
corações,
porque
se tem aproximado a presença do Senhor.' [a
arca está praticamente pronta]
Vigiai!
'“pois não sabeis quando vem o senhor da Arca'
Agradeço
por considerarem essa carta.